Um esclarecimento público evidenciando a sua inocência. Com esse propósito, o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves Moura, escreveu uma carta e a publicou no site da FPF, na última terça-feira. Segundo ele, a Justiça é muito morosa e é necessário criar oportunidade para que fatos sejam esclarecidos e para reparar a imagem.
"É muito fácil mandar prender e processar, mas sempre tem o outro lado, o da defesa. Na Justiça, provei minha inocência, no entanto, tive prejuízos enormes na vida pessoal e profissional", destacou.
Enjaulado
Moura disse que seus piores momentos foram quando esteve preso, sem ter contato com amigos e familiares.
"24 horas enjaulado, sem comunicação, é horrível", resumiu. Outro problema enfrentado é o relacionamento com pessoas com as quais não tem relacionamento diário. "Olham com um ar de desconfiança", confessou.
Sobre seu futuro, Moura disse estar trabalhando para viabilizar a vinda da Copa do Mundo de 2014 para Curitiba. O seu mandato frente à FPF termina em abril de 2008. Moura está no comando da federação desde 1985.
Trechos do documento
1) – Em 1993 o meu Mandato de Deputado Federal foi cassado por denúncias de compra de parlamentares para o PSD. Nove anos depois, o Juízo da 10.ª Vara Federal prolatou a Sentença que me ABSOLVEU DAS ACUSAÇÕES por inexistência de provas, tendo a sentença transitado em julgado. Processo arquivado .
2) – Em 2000 foi decretada minha prisão pelo juíz da 2ª. Vara da Justiça Federal de Curitiba, pela acusação do não recolhimento de obrigações tributárias relativas à Federação Paranaense de Futebol. Em 6 de março de 2007, por decisão unânime da 5.ª Turma do STJ – Brasília – manteve o decisório do Tribunal Regional Federal de Porto Alegre reconhecendo meu direito de liberdade e EXTINÇÃO DO PROCESSO CRIMINAL .
3) – Em de março de 2006, a Juíza Federal da 1.ª Vara Criminal Federal de Ponta Grossa decretou minha prisão, sob a acusação de Sonegação Fiscal e Formação de Bando e Quadrilha. Após decisões do Tribunal Regional Federal de Porto Alegre, a mesma Juíza, em 24 de novembro de 2006, se declarou incompetente para julgar e processar a causa.