O mistério em torno dos valores da cotas de televisão para a disputa do campeonato paranaense de 2003 será desfeito hoje, quando a Federação Paranaense de Futebol vai divulgar a minuta do contrato com a Rede Paranaense de Comunicação.
Segundo o presidente da FPF, Onaireves Moura, os valores exatos ainda não foram repassados. “O que se sabe de antemão é que haverá um acréscimo em relação ao montante do ano passado, uma vez que há mais quatro clubes na disputa”, garantiu o dirigente.
O presidente do Coritiba, Giovani Gionédis, confirmou a informação. “Pelo que estamos sabendo, haverá um aditivo. Mas o valor exato das cotas ainda não foi confirmado. Mas pelo que sei, tão logo assinarmos a minuta do contrato, o dinheiro já estará no caixa”, diz. No ano passado, Coritiba, Paraná e Atlético Paranaense receberam algo em torno de R$ 600mil, contra R$ 90mil recebido por cada clube do interior.
Pela informação que corre nos bastidores, 40% dos valores das cotas teriam que ter sido pagas no último dia 20, o que já deixou os clubes do interior em alerta. O União Bandeirante, em especial, de antemão já comprou briga com a Globo. Segundo o presidente Nelson Santos, o União não recebeu ainda a cota do ano passado, pois não concordou com a redução do valor em relação ao estadual de 2001. “Eles baixaram de R$150 mil para R$ 90 mil e não concordamos. Para ser efetivado, o novo contrato precisava de unanimidade e não assinamos”, acusa. O dirigente confirma que ainda não se sabe o que o patrocinador vai oferecer este ano. “É engraçado que a poucos dias da estréia ainda não saibamos quanto vamos receber”, ironizou.
Para o presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia, o atraso no pagamento é justificável, especialmente pelo impasse em relação à disputa da Copa Sul-Minas, descartada pelos clubes oficialmente ontem. “Como estávamos trabalhando com a possibilidade de disputar outro torneio, havia o suspense. Agora que só teremos o estadual pela frente, o acordo financeiro com o patrocinador deve sair logo”, disse o dirigente. A Rede Paranaense de Comunicação foi procurada pela reportagem da Tribuna para esclarecer o assunto, mas as tentativas de contato foram infrutíferas.