Moura pode pegar suspensão de até quatro anos

O presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Moura, foi indiciado no relatório do auditor do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) Paulo César Gradela Filho, entregue ontem na secretaria

do Tribunal. Além de Moura, também foram indiciados os ex-presidentes da comissão de arbitragem da FPF, Fernando Luiz Homann e José Carlos Marcondes, e do atual diretor da escola de árbitros da FPF, Nelson Orlando Lehmkuhl.

O documento entregue por Gradela é o relatório final do inquérito instaurado para apurar as denúncias feitas à Tribuna por um ex-jogador do Engenheiro Beltrão, que acusa o clube de ter sido favorecido pelas arbitragens para conseguir o acesso à Série Ouro, em 2004. No inquérito está anexada a gravação reproduzida ontem pela Tribuna, onde Homann revela o envolvimento de Moura e Marcondes em manipulação de escalas de arbitragem e favorecimento a determinados clubes.

Moura está indiciado nos artigos 222, 237 e 239 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Com isso, se condenado, o presidente da FPF pode pegar uma suspensão de até quatro anos, ou até mesmo ser eliminado do futebol, caso seja considerado reincidente.

Homann está enquadrado nos artigos 222 e 239. Lehmkuhl, apenas no 239.

Já Marcondes, além do 222, foi incluído no artigo 241, que prevê pena de eliminação.

Agora, o relatório vai para as mãos do presidente do TJD, Bôrtolo Escorsin. ?O presidente vai encaminhar o inquérito à promotoria, que vai analisar se existem indícios para oferecer uma denúncia?, explica Gradela. Se forem denunciados, os acusados serão julgados pelo TJD. Segundo Gradela, o julgamento deve ocorrer ainda este ano. O tribunal entra em recesso no próximo dia 15 de dezembro, mas o auditor acredita que uma sessão extraordinária deve ser convocada para julgar o caso.

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