Moura consegue habeas corpus e deixa prisão

O ex-presidente da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves Nilo Rolim de Moura, deixou ontem à noite o Centro de Triagem da Penitenciária de Piraquara, onde estava preso desde o dia 6 de novembro do ano passado, durante a operação ?Cartão Vermelho? desencadeada pelo Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos da Polícia Civil (Nurce).

Moura é acusado de crimes como falsidade ideológica, formação de quadrilha, fraude processual e estelionato e apontado como responsável pelo desvio de cerca de R$ 5 milhões dos cofres da FPF.

 Moura foi libertado em cumprimento a um habeas corpus concedido pela 5.ª Câmara do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), no final da tarde de ontem.

Segundo Vinícius Gasparini, amigo e um dos advogados do polêmico dirigente, Moura deixou o Centro de Triagem debilitado física e emocionalmente por conta de duas cirurgias realizadas durante o período da prisão. Entre os meses de dezembro e janeiro, após submeter-se a uma operação para a retirada de vesícula, Moura contraiu uma infecção hospitalar.

?Ele está com saúde bastante abalada e esse quadro se agravou no último mês?, afirmou Gasparini.

Histórico

No final de dezembro, três dos nove ex-dirigentes da Federação Paranaense de Futebol – FPF – presos em novembro pela operação ?Cartão Vermelho? deixaram a cadeia. O engenheiro Cyrus Itiberê da Cunha, que foi diretor financeiro da FPF e presidente da empresa Comfiar – braço da entidade suspeito de ser usado para desviar verbas. O dirigente exerceu também o cargo de presidente da Comissão de Vistorias de Estádios da Federação. Os outros dois envolvidos que também foram beneficiados são Marco Aurélio Rodrigues, ex-auxiliar do departamento financeiro da FPF e ex-fiscal eletivo da Comfiar, e Roberto Tibone, ex-arrendatário do estacionamento do Pinheirão.

Os três também foram soltos mediante habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça. Presos desde 6 de novembro, eles estavam no Centro de Detenção e Ressocialização de Piraquara. Assim como Onaireves Moura, os outros acusados permanecem em liberdade até a data do julgamento do caso, que ainda não foi agendado.

Além de Moura, Itiberê da Cunha, Rodrigues e Tibone, foram presos na operação ?Cartão Vermelho? Carlos Roberto de Oliveira, ex-presidente do Conselho Fiscal da FPF; Laércio Polanski, ex-contador e ex-tesoureiro da Federação; José Johelson Pissaia, ex-diretor-administrativo da FPF; César Alberto Teixeira de Oliveira, ex-fiscal suplente da Comfiar, e Vanderlei Manoel Ignácio, que tinha o colégio técnico de futebol Pinheirão registrado em seu nome.

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