Investigadores da 42.ª Delegacia da Polícia Civil do Rio ouviram no sábado o motorista acusado de ter atropelado e matado na véspera duas pessoas em um ponto de ônibus na Estrada dos Bandeirantes, em Vargem Pequena, na zona oeste da cidade, entre elas a ex-nadadora e modelo Sarah Corrêa, de 22 anos. Paulo Soares, de 58, morreu no local, e Sarah ainda foi levada para o hospital Miguel Couto, mas também morreu na tarde de sábado.
A família da jovem afirma que o carro estava em alta velocidade e acusa o motorista de não ter prestado socorro às vítimas. “Amigos disseram que ele passou a mais de 180 km/h. Ele derrubou um muro, matando duas pessoas. Não pode ficar impune. O que eu quero é que a Justiça seja feita”, disse o pai de Sarah, Benedito Corrêa. Na delegacia, o motorista alegou que estava ferido. O nome dele não foi divulgado.
Em nota, a Polícia Civil informou que realizou perícia no local e solicitou imagens de câmeras de segurança da região, além do boletim médico de atendimento do acusado. “O motorista foi ouvido e em depoimento disse que depois do acidente foi ao hospital e em seguida compareceu à unidade. A delegacia está solicitando também o boletim de atendimento médico dele. Testemunhas estão sendo ouvidas”, disse a Polícia Civil na nota.
O atropelamento ocorreu pouco antes das 18 horas de sexta-feira. Sarah esperava um ônibus para encontrar-se com amigos. No sábado, a mãe dela, Maria de Fátima, afirmou em uma rede social que o motorista estaria alcoolizado. “Minha filha foi assassinada por mais um maluco bêbado no trânsito dessa cidade. Quero justiça”. A Polícia Civil não havia se pronunciado até o início da tarde deste domingo sobre eventual pedido de exame para verificar a acusação.
Em 2011, Sarah participou dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México, onde ganhou a medalha de prata no revezamento 4×200 metros livre. Atualmente ela trabalhava como vendedora. O corpo de Sarah foi sepultado na tarde deste domingo, no cemitério do Caju, na zona norte do Rio.
