Pelé, Garrincha, Zizinho, Leônidas da Silva, Nilton Santos, Didi, Domingos da Guia, Djalma Santos, Zico, Falcão, Sócrates, Romário, Rivaldo, Ronaldo. Talvez bastasse a interminável lista de craques da bola que o Brasil produziu para justificar sua liderança no futebol. Quem sabe, fossem suficientes as cinco estrelas que agora adornam seu uniforme. Ou, para que não restasse dúvida, servisse de amparo à lista da Fifa o fato de a seleção ter o maior número de jogos, vitórias e de gols em todos os mundiais. Aliás, o Brasil esteve em todos e venceu em todos os continentes.

        A lista de primazias brasileiras é tão extensa quanto a de jogadores geniais. Cafu é o único no mundo a jogar três finais consecutivas. Zagallo é o único autêntico tetracampeão. Pelé, não bastasse ser Pelé, é o único tricampeão como jogador. A seleção é a única a vencer sete jogos em uma única Copa, justamente a última. E há ainda as contribuições do País para os repertórios de lances e de rituais.

        Leônidas da Silva, por exemplo, apresentou aos europeus na década de 30 a bicicleta. Em 1958, na Suécia, Bellini inventou, meio sem querer é verdade, o ato de erguer a taça. Em 1970, no México, Carlos Alberto Torres aprimorou a etiqueta de ser campeão e beijou o troféu – que aliás saiu de circulação e foi substituído pelo que está em disputa agora depois do tricampeonato brasileiro.

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