São Paulo – Dois clubes que redescobriram a rivalidade decidirão neste domingo o Campeonato Brasileiro, às 17 horas, no Morumbi.
Santos e Corinthians já protagonizaram duelos inesquecíveis. O time da Vila Belmiro, com Pelé no auge, ficou 11 anos (1957-68) sem perder para o Corinthians. A equipe do Parque São Jorge deu o troco e passou oito anos (1975-83) sem derrotas para o então grande rival. Só que esses confrontos que paravam São Paulo ficaram no passado distante. A fase áurea santista no duelo foi nas décadas de 50 e 60. Já a corintiana envolveu os anos 70 e 80.
A partir daí, os santistas, que hoje têm a vantagem de perder por até um gol de diferença para serem campeões, caíram em decadência. Do outro lado, o Corinthians acumulou prestígio, títulos e até dólares da ex-parceira Hicks Muse. O confronto de hoje, mediado pelo gaúcho Carlos Eugênio Simon, reacende raiva, euforia e medo esquecidos. Seja qual for o campeão, melhor para o futebol paulista, que consegue passar à frente dos cariocas em títulos nacionais (doze contra onze) e assumir de vez a hegemonia do esporte no país.
Para muitos, a partida desta tarde significa também uma “escolha” entre dois estilos de futebol: um mais técnico, encarnado pelos jovens Diego e Robinho, ou um mais pragmático, com a cara de Carlos Alberto Parreira, que já chegou a inúmeros títulos jogando dessa forma. Essa dicotomia reacendeu paixões antigas na imprensa, na torcida e entre os torcedores de outros clubes.
E a resposta dada em campo será fortemente aplicada na seleção brasileira: com um reflexo imediato na convocação da seleção olímpica que Ricardo Gomes fará amanhã e também na própria escolha do novo treinador da equipe principal. Portanto, o futuro do futebol brasileiro está em jogo no Morumbi, a partir das 17h.