Dorival Mateus da Costa – quer dizer, Toby. O volante que virou meia, de futebol aplicado e guerreiro, sempre foi discreto em sua vida. Mas é parte integrante da maior conquista da história do Coritiba, o título brasileiro de 1985. Aos 53 anos, o camisa 10 daquela equipe foi vencido ontem por um fulminante ataque cardíaco, e saiu da vida para entrar na história.

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O Coxa foi a vida de Toby. Chegou ao clube em 1978 com 18 anos, começou a jogar aos 19, virou titular logo depois, mudou de posição e foi peça fundamental na conquista de 1985. Uma trajetória dura, pois ele foi um dos raros destaques daquele que talvez tenha sido o pior momento da história alviverde, no início da década de 1980. Pegou uma fase complicada, mas saiu dela junto com o Cori para chegar ao alto da glória do futebol brasileiro.

No início da carreira, Toby era um volante. Daqueles que marcava forte e saía para o jogo – esses que os treinadores procuram por todos os cantos hoje. Formou meio-campo com Leomir, com Luís Freire, com Gilberto Costa naqueles primeiros anos. Mas quando o treinador que o lançou em 1979 voltou para o Couto Pereira, a história mudou.

O técnico era Ònio Andrade, que decidiu montar um time mais brigador no decorrer do Brasileirão de 1985. E fez de Toby um jogador completo. Ele voltava para marcar, acompanhava o armador adversário e tinha liberdade para atuar. Com força e preparo físico de sobra, passou a ser o ‘motorzinho’ do Coxa.

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Auge

Com a camisa 10 nas costas, Toby brilhou. Foi fundamental no título de 1985. Naquele tempo ele era “Tóbi”, com I e acento no O. Ele fazia todas as funções no meio e parecia não cansar.

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Não à toa que o gol do Coxa na final do Brasileiro saiu de uma jogada dele, uma arrancada só parada na falta que Índio converteu. Até o apito final da prorrogação, Toby não parou um instante sequer. A imagem daquele jogador franzino correndo por todos os cantos do Maracanã é a mais perfeita tradução do ídolo que fez ontem a torcida coxa-branca chorar de dor.

Talismã

O craque Toby foi destaque da série Lendas Vivas, do jornalista e escritor Edilson Pereira. Confira a entrevista especial com o ex-jogador.

Um talismã do Coritiba chamado Toby

Toby foi emprestado ao Operário e se tornou artilheiro

Comemoração do título de 1985 quase fez taxista sair correndo

Toby foi descoberto pelo treinador-pedreiro