José Sulaimán, que presidia o Conselho Mundial de Boxe (CMB) desde 1975, morreu na noite da última quinta-feira, aos 82 anos de idade. Filho do dirigente, Mauricio Sulaiman disse que o seu pai morreu no hospital em que estava internado, em Los Angeles, por causa de problemas no coração. Ele enfrenta problemas decorrentes do diabetes e tinha hipertensão.
Baseado no México, o Conselho Mundial de Boxe confirmou a morte e lamentou a perda do dirigente, que ficou famoso, entre outras coisas, por ter introduzido regras que serviram para proteger a integridade física dos pugilistas.
“Ele certamente tratou todos lutadores como seus filhos e filhas, ele sofreu com seus problemas (dos pugilistas) e trabalhou todos os dias de sua vida para tentar fazer o boxe melhor e mais seguro”, escreveu a entidade, por meio de um comunicado.
Antes de se tornar dirigente, Sulaimán foi boxeador amador e também atuou como técnico e juiz da modalidade, sendo que entrou para o Hall da Fama do Boxe em 2007, quando foi exaltado por ter introduzido muitas novas regras que ajudaram a proteger os boxeadores. Entre elas estiveram a redução de lutas que valem título de 15 para 12 rounds, a mudança da pesagem dos lutadores para 24 horas antes de cada combate – antes isso ocorria oito horas antes das lutas – e a criação de divisões intermediárias de peso.
Filho de mãe síria e de um país libanês, Sulaimán nasceu no México e atuou como técnico e empresário de Julio César Chávez, maior boxeador mexicano da história e um dos maiores de todos os tempos, assim como também conduziu Julio César Chávez Jr, filho do ex-campeão mundial de boxe.
Julio César Chávez se manifestou para lamentar a morte do seu antigo mentor, enviando condolências para a sua “segunda família”, conforme escreveu em sua página no Twitter, na noite da última quinta.