Morreu neste domingo, aos 88 anos de idade, o australiano Jack Brabham, tricampeão mundial de Fórmula 1 como piloto e uma das maiores lendas da história da categoria máxima do automobilismo. Ele faleceu em sua casa, em Gold Coast, na Austrália.
Campeão mundial em 1959, 1960 e 1966, Brabham foi o primeiro e único piloto da história da F1 a ganhar um título com um carro de sua propriedade, com uma construção concebida por ele próprio. Ele conseguiu o feito quando faturou o campeonato de 1966, ano em que a escuderia que carregava o seu sobrenome também foi campeã mundial de construtores, feito que se repetiria depois em 1967.
Mecânico e engenheiro de formação, Brabham conquistou 14 vitórias, 13 pole positions e 31 pódios em 126 GPs disputados na F1, sendo que fez parte da categoria como piloto entre 1955 e 1970, quando conquistou seu último triunfo, no GP da África do Sul, antes de se aposentar aos 44 anos de idade.
Seus três filhos, Geoff, Gary and David, também se tornaram pilotos profissionais. Filho mais novo de Jack, David informou neste domingo, por meio de um comunicado, que seu pai teve uma “morte tranquila” e enalteceu a importância da lenda para a história da F1. “Hoje é um dia muito, muito triste para nós”, disse, para mais tarde enfatizar: “Ele teve uma vida incrível, conseguindo muito mais do muitos chegam a sonhar e ele vai continuar vivendo por meio de seu grande legado”.
Considerado um engenheiro brilhante, Brabham contribuiu para inovações tecnológicas nos carros da Fórmula 1 e ajudou a moldar a categoria. Entre suas contribuições para o desenvolvimento dos monopostos esteve a sua participação direta na introdução dos motores traseiros, como eles são utilizados até hoje na categoria.
Correndo pela equipe que carregava o sobrenome de Jack, o brasileiro Nelson Piquet ganhou os seus dois primeiros títulos mundiais, em 1981 e 1983, na época em que a escuderia tinha como proprietário Bernie Ecclestone, hoje o chefe maior da F1.