A polonesa Irena Szewinska morreu na noite de sexta-feira, aos 72 anos, vítima de câncer. Principal atleta da história de seu país, ela até hoje é a única velocista do mundo que conseguiu bater o recorde mundial nos 100m, 200m e 400m livres.

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A Associação de Atletismo da Polônia confirmou a morte na manhã deste sábado. “O polonês e o esporte mundial sofreram uma perda irreparável. O meio do atletismo polonês perdeu sua esportista mais notável. A rainha das rainha dos esportes chegou ao final de sua vida”, informou a nota publicada no site da entidade.

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Szewinska tem sete medalhas olímpicas, estabeleceu dez recorde mundiais e em 1974 foi reconhecida como a melhor atleta do mundo. Ela disputou no total cinco Jogos Olímpicos, entre 1964 e 1980. Nesse período, conseguiu três ouros, duas pratas e dois bronzes em cinco modalidades distintas. Além de disputar as provas de corrida, ela competia no salto em distância.

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Desde sua aposentadoria em 1980, Szewinska sempre seguiu ligada ao esporte em seu país. Tornou-se membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) e também participou do conselho da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês). Entre 1997 e 2009, foi presidente da Associação de Atletismo da Polônia.

A IAAF destacou nota em seu site para lamentar a perda da atleta. “Irena inspirou uma geração de mulheres na Polônia e ao redor do mundo no atletismo”, disse o presidente da IAAF, Sebastian Coe. “Ela era uma heroína nacional e minha amiga. Sua perda será sentida em todo o mundo”, prosseguiu.

O Comitê Olímpico da Polônia, onde Szewinska foi vice-presidente, em nota disse “que é uma dor e tristeza inimaginável. Foi a Primeira Dama do esporte polonês, uma atleta excepcional e, posteriormente, uma ativista dos esportes”.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, também lamentou o falecimento da atleta. “Irena será sempre lembrada por sua extraordinária personalidade, tanto em sua capacidade como atleta, como depois, quando foi membro do COI. Com sua gentileza e modéstia, ela era uma referência para toda vida no esporte. Desta forma, inspirou atletas e mulheres em todo o mundo”, escreveu.

Szewinska nasceu em 24 de maio de 1946 de uma família judia-polonesa na cidade de Leningrado, na antiga União Soviética. Com oito anos de idade mudou-se para Varsóvia, onde começou a praticar atletismo um pouco mais tarde, com 15. A bandeira olímpica do COI ficará por três dias hasteada a meio mastro em forma de luto. A atleta deixa o marido e dois filhos.