Morre Carlos Froner

Porto Alegre – O ex-técnico de futebol Carlos Benvenutto Froner morreu ontem, aos 82 anos, em Tramandaí, cidade litorânea do Rio Grande do Sul, de parada cardíaca. Nome ligado à história do futebol gaúcho, Carlos Froner tinha como seu discípulo mais famoso o técnico pentacampeão do mundo, Luiz Felipe Scolari, que não perdia chance de chamá-lo de “mestre”. A admiração vem dos tempos em que Felipão era zagueiro do Caxias, em 1978, e era orientado pelos ensinamentos de Froner, um treinador que exigia disciplina e não descuidava da marcação em seus esquemas táticos. E que consagrou a evasiva “vamos ver” para não responder perguntas de repórteres.

Em recente depoimento ao programa “Domingão do Faustão”, da Rede Globo, Carlos Froner lembrou que liberava Felipão das concentrações para ficar em casa na época em que o então jogador e a esposa queriam ter o primeiro filho. Felipão ressaltou que seu mestre tinha também a qualidade de cultivar os valores da vida em família.

Chamado pelos jogadores e repórteres de “Capitão Froner”, o mestre de Felipão, nascido em São Borja, em 19 de novembro de 1919, começou a orientar times durante sua carreira militar. Quando saiu do Exército, estreou treinando o Grêmio Leopoldense, de São Leopoldo, em 1949. Depois passaria por quase todos os clubes gaúchos, com destaque para o Aimoré, Caxias, Juventude e Grêmio, para onde sempre voltava, e uma rápida passagem pelo Internacional.

Suas maiores glórias foram conquistadas com o Grêmio. Foram três títulos gaúchos, em 1964, 1965 e 1967, um vice-campeonato na Libertadores da América, em 1984.

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