Roma – A saída de Michael Schumacher já começou a provocar reviravoltas no comando da Ferrari, e um dos sintomas é a volta da presença de italianos nos cargos de chefia: Mario Almondo será o novo diretor técnico, no lugar do inglês Ross Brawn, enquanto Stefano Domenicali assume a direção esportiva, cargo até então ocupado por Jean Todt, que na quarta-feira havia sido nomeado como o nono diretor-geral da equipe.
Brawn, que foi levado por Schumacher para a equipe, já anunciou que vai se aposentar das competições e dedicar mais tempo à vida pessoal, embora tenha afirmado que pode prestar alguma assessoria. O italiano Paolo Martinelli, engenheiro-chefe de área de motores, deixa o cargo para trabalhar na Fiat, que é proprietária da equipe.
O novo organograma anunciado nesta quinta-feira não inclui Schumacher, que era cotado para ocupar um cargo na equipe depois de se aposentar como piloto com o vice-campeonato conquistado no GP do Brasil, no último domingo. Da estrutura levada por Schumacher, resta ainda o projetista Rory Byrne – que, como Brawn, trabalhou com ele na Benetton, onde conquistou os dois primeiros de seus sete títulos mundiais de Fórmula 1, em 1994 e 1995.
Na equipe italiana, Schumacher venceu todos os mundiais entre 2000 e 2004.
Rubinho aposta em 2007 favorável
Rio – Rubens Barrichello terminou a temporada 2006 da Fórmula 1 com a sensação de que as coisas poderiam ter sido melhores para ele na Honda. O brasileiro terminou o campeonato na sétima colocação com 30 pontos, 26 a menos do que seu companheiro Jenson Button, que ficou em sexto. Pior, Barrichello não conseguiu subir ao pódio uma única vez, enquanto seu companheiro venceu o GP da Hungria.
Por tudo isso, Rubinho espera que na próxima temporada a Honda produza um carro capaz de lutar pelo título. ?Tenho que projetar o futuro e ajudar a equipe a produzir um carro que funcione melhor para mim, porque neste ano as coisas foram duras?, admitiu o brasileiro, que lembrou ainda que a própria escuderia criou uma expectativa maior do que o projeto do carro podia oferecer.
?Como fomos rápidos nos testes, acreditamos que poderíamos entrar na briga pelo título e isto não se confirmou?, lamentou Barrichello, que no entanto, não desanima. ?Tenho muita confiança no trabalho da equipe.?
Barrichello também disse que se sente à vontade na Honda, mas que trocaria tudo por um carro veloz e confiável. ?Gostaria de sentir toda a pressão do mundo em minhas costas e ter um carro vencedor?, completou.