Uma noite completamente diferente para pilotos de carros, motos, caminhões e quadriciclos – e também para navegadores, mecânicos e toda a equipe de apoio. O Rally Internacional dos Sertões começou na noite de terça, em Goiânia, com um prólogo inédito na competição. Chamado de ?super prime?, a prova consistia na disputa contra o relógio, só que em um circuito montado ao lado do principal shopping da capital de Goiás, com arquibancadas lotadas por sete mil pessoas. Os estrangeiros levaram a melhor, mas isto pouco importou – para quem protagonizou e para quem assistiu, foi um momento surpreendente.
Chegar à ?arena? do Rally em Goiânia era fácil. Muitos foram a pé, como a maioria dos jornalistas, que estavam concentrados em hotéis próximos do local. Ao chegar, uma estrutura impressionava: duas tendas gigantes para convidados, duas arquibancadas metálicas para o público, uma pista pronta para ser usada e uma bandeira do Brasil em destaque -tanto em tamanho quanto em altura, ficando em destaque para quem estava longe do centro de exposições Flamboyant (o nome oficial do espaço).
Depois de todas as apresentações de praxe (que fizeram o rali parecer com um rodeio), às 20h a pista foi tomada. Pela ordem, por quadriciclos, motos, caminhões e carros. As motos foram as vedetes da festa: primeiro, pela quantidade, que obrigou os organizadores a colocar sessões com quatro participantes, levando a torcida ao delírio; segundo, pela presença de dezenas de estrangeiros.
O francês Cyril Despres, da KTM, era o favorito antes do prólogo e confirmou sendo o mais rápido. Mas, além dele, há um grupo grande de pilotos de fora do País, a maioria da KTM, que trouxe ao Brasil toda a sua equipe principal. ?Estamos aqui porque nos mandaram?, resumiu outro francês, David Casteau.
Nos carros, também houve domínio estrangeiro, com o piloto sul-africano Giniel de Villiers e o navegador alemão Dirk von Zitzewitz, da equipe oficial da Volkswagen – os paranaenses Maurício Neves (piloto) e Clécio Maestrelli (navegador), atuais campeões do Rally, ficaram na segunda posição.
Mas todos só eram olhos para a grandiosidade do evento de terça – o que, inclusive, deixou o rali em segundo plano. ?Dos primeiros anos para cá, a diferença do Rally dos Sertões é a estrutura de show que existe agora?, resume o veterano André Azevedo.
