Quem será? Tal qual uma escolha de um papa, por exemplo, a contratação de um atacante pelo Coritiba adquire um caráter especial. Como é um jogador que a torcida espera não agora, mas desde a saída de Magrão, em 96, a ansiedade aumenta a cada momento. E agora mais ainda, já que a diretoria promete para os próximos dias o anúncio e a apresentação do artilheiro. O Cori recebeu ontem mais uma má notícia – Adriano Chuva, que recebera na sexta uma proposta oficial, está fora dos planos. O jogador recebeu outras ofertas, recusou a alviverde e foi descartado pelos dirigentes. Apesar de ele não ser o jogador esperado para ser o ?matador? coxa, Adriano seria o companheiro de ataque do centroavante, nome aprovado pelo técnico Paulo Bonamigo.
Mas o treinador, talvez a pessoa que mais espera esse atacante (ele quer um jogador deste estilo desde que chegou ao Coritiba), prefere manter a calma. “Nós sabemos das dificuldades que o clube atravessa, e também de como o mercado está escasso”, afirma Bonamigo. Ele só pede que o reforço cheguem para a preparação física, que anda a pleno vapor.
A diretoria se esforça, mas está com dificuldades. Tuta, Oséas e Fernando Baiano são considerados caros demais – pelo menos até segunda ordem. Com isso, ganham força o nome de dois ex-jogadores do Coritiba. O primeiro, o atacante Edmílson, estaria também entre os considerados acima do patamar que o Coritiba pode oferecer.
O segundo é um velho conhecido. Cléber quase acertou com o clube no segundo semestre do ano passado, quando chegou a falar até de valores com a diretoria. O problema é que o próprio jogador reconhece que não teria bom ambiente no clube. Com isso, segue a dúvida. Quem será?
Ceará perto do Alto da Glória
Faltam mais dois. Se os atacantes ainda não foram contratados, dois prováveis titulares do Coritiba em 2003 sequer se apresentaram. O lateral Ceará e o meio-campista Tcheco não apareceram, e têm razões para isso – ambos estão sem contrato com o clube, voltando a estar vinculados a Santos e Malutrom, respectivamente. A intenção dos dirigentes é definir essas questões o mais rápido possível.
Ceará, em tese, é um problema de resolução mais fácil. O lateral quer ficar, o clube quer que ele fique e, para completar, ele tem problemas de relacionamento com o técnico santista Emerson Leão, o que facilitou a vinda dele para o Cori. Como Leão permanece na Vila Belmiro, o mais provável é que a renovação aconteça sem percalços.
Já Tcheco conseguiu assumir a vice-liderança entre as `novelas’ do futebol paranaense – ele e Kléberson vivem sem saber que futuro terão, e onde será esse futuro. O meio-campista coxa estava até o final de semana na praia, e voltaria ontem a Curitiba para resolver enfim sua renovação de contrato com o Cori.
O problema é que os dois clubes ainda não acertaram – o Malutrom pediu um tempo extra para receber possíveis propostas, e o Coritiba aceitou. O assunto é tratado entre os comandantes dos clubes – Joel Malucelli e Giovani Gionédis – e espera-se a definição até quarta-feira. Se acertarem, Tcheco assina com o Cori por dois anos, e pelo menos dois jogadores saem do Alto da Glória para São José dos Pinhais. (CT)