A ação movida pelo Paraná pegou o ex-presidente, José Carlos de Miranda, de surpresa. Ele se defendeu das acusações, alegou que a negociação com a empresa Systema, de Léo Rabelo, foi legítima e que todo o imbróglio e possíveis irregularidades aconteceram depois do seu afastamento, já na gestão de Aurival Correia.
“Na minha gestão acabamos negociando os direitos econômicos do Thiago Neves com a Systema, do Léo Rabelo. Mas tudo aconteceu na gestão do Aurival (Correia). Ele sacou o dinheiro, que foi depositado judicialmente, pagou 32% para a LA Sports, mas não pagou o restante para o Léo, que entrou com uma ação exigindo o pagamento dos 68% que o Paraná já havia sacado. A ação desenrolou e a alegação do Paraná é de que a transação foi ilegal, pois o presidente não poderia ter feito isso. Só que a Justiça é clara, a transação foi legal e o Paraná perdeu a ação”, explicou Miranda.
Ele destacou também que a falta de compromisso do clube em cumprir a decisão judicial foi determinante para que a dívida atingisse patamares astronômicos.
Depois de participar, na semana passada, de uma reunião com a atual diretoria a fim de tentar ajudar a sanar a crise financeira, Miranda se mostrou surpreso com a ação. “É uma surpresa desagradável. Tive uma reunião com diretores, conselheiros na semana passada e ninguém me disse nada. Discutimos maneiras de tirarmos o clube dessa situação e agora isso é extremamente desagradável e desgastante”, concluiu.
Sem resposta
A Tribuna 98 entrou em contato com o ex-presidente Aurival Correia, citado no processo, mas ele não quis se pronunciar sobre o assunto. O advogado Auracyr Azevedo de Moura Cordeiro, que também foi citado no processo, foi procurado, mas, visivelmente irritado, também não quis falar sobre o caso. (LF)