Um dia depois de a presidente Dilma Rousseff tentar tranquilizar torcedores e jogadores ao prometer segurança durante a realização da Copa do Mundo, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, minimizou nesta terça-feira o risco da violência no Brasil, afirmando que é preciso abandonar o “complexo de vira-lata” de achar que “tudo que é ruim acontece” no País.
Com a proximidade da Copa do Mundo, embaixadas de vários países têm alertado seus torcedores sobre a criminalidade no Brasil. E em Ribeirão Preto, no interior paulista, um jornalista francês que veio ao País para trabalhar na cobertura do evento disse que seu carro foi furtado na semana passada.
“O assalto a um jornalista é igual a um assalto que sofri em Portugal e a outro que sofri na Itália. Tive dois assaltos na Europa. Nós não poderemos nos prender a pequenos incidentes que são corriqueiros em todos os países. Quero insistir, em todos os países. Vamos abandonar o complexo de vira-lata de achar que só no Brasil acontece violência, acontecem problemas”, comentou o ministro a jornalistas, após participar de seminário no Palácio do Planalto.
“Que os países orientem seus turistas para tomarem certos cuidados, é natural e isso qualquer país pode fazer. Mas não vamos vestir essa carapuça. Quem não se lembra das manifestações na França, em Paris, incendiada na periferia? Quem não se lembra dos conflitos em Londres e em tantas cidades da Europa ou nos Estados Unidos durante os jogos? Então, temos que abandonar essa história de achar que tudo que é ruim acontece no Brasil e que o resto do mundo é uma maravilha”, disse o ministro.
Na segunda-feira, durante cerimônia de recebimento da taça da Copa do Mundo, a presidente Dilma já tinha assegurado a brasileiros e estrangeiros que “a estrutura de segurança vai proporcionar a tranquilidade necessária para aproveitar os jogos, as festas e os passeios”. “O deslocamento de torcedores e turistas pelas cidades-sede será tranquilo e seguro”, avisou ela.