Ministro diz que furto em Londres é caso privado

O ministro Aldo Rebelo (Esporte) disse hoje que o caso dos brasileiros da Rio-2016 que furtaram dados do comitê de Londres-2012 envolve apenas entidades privadas e que as providências já foram tomadas.

“É uma relação entre dois entes privados, o comitê organizador do Brasil e o britânico. Os dois agiram conjuntamente para adotar as providências em relação a esse episódio lamentável”, disse Aldo Rebelo, que ressaltou ainda que o episódio ocorreu na Inglaterra.

Perguntado sobre que medidas o governo brasileiro poderia tomar e se o conteúdo dos dados furtados seria divulgado, Aldo disse que não poderia dizer aos britânicos o que fazer. “Creio que o comitê britânico, que foi a vítima, atuou até onde julgou conveniente atuar. Eu não posso dizer para o comitê britânico o que ele deve divulgar ou deixar de divulgar”, afirmou.

 

Aldo Rebelo disse ainda que não foi informado sobre o conteúdo dos dados furtados. “Não sei exatamente porque nem os britânicos nem os brasileiros divulgaram o que havia [nos dados furtados].”

 

Para o ministro, a vontade do governo britânico em cooperar com o Brasil torna o episódio de furto “ainda mais condenável”.

Na semana passada, o comitê da Rio-2016 demitiu dez integrantes do comitê após receber uma reclamação dos ingleses pelo furto de arquivos da Olimpíada de Londres-2012.

Eles integravam uma equipe de cerca de 200 funcionários do comitê brasileiro que trabalharam em Londres nos últimos meses no “programa de transferência de conhecimentos” entre as cidades.

É o primeiro escândalo da Olimpíada brasileira e só foi tornado público após a revelação do caso pelo colunista da Folha de S.Paulo Juca Kfouri em seu blog no UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha de S.Paulo.

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