Ministro alerta para o risco de colapso aéreo em 2014

O ministro do Esporte, Orlando Silva, alertou nesta quarta-feira que pode haver um colapso no sistema aéreo em 2014, durante a Copa do Mundo, caso a Infraero atrase o cronograma de obras e reformas nos aeroportos das cidades-sede. “O cronograma da Infraero é absolutamente justo, é um cronograma que tem que ser cumprido religiosamente sob pena de vivermos um colapso na Copa de 2014”, afirmou em entrevista coletiva.

No cronograma da Infraero, as últimas obras a serem entregues serão a construção do terceiro terminal de passageiros do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e a construção do novo terminal de passageiros e reforma do pátio do aeroporto de Viracopos, em Campinas.

O primeiro projeto é orçado em R$ 1 bilhão e será executado entre setembro de 2010 e abril de 2014. A reforma em Viracopos está estimada em R$ 700 milhões e ainda aguarda licenciamento ambiental para contratação do projeto. A previsão de data para a conclusão é maio de 2014.

A assessoria de imprensa da Infraero informou que, para acelerar a execução das obras, a presidência do órgão pediu ao presidente Lula a mudança do regime de contratação de bens e serviços e aguarda resposta da Casa Civil. A Infraero também firmou parcerias com o Exército para a construção das pistas de pouso e pátio.

As obras previstas até 2014 em 16 aeroportos devem chegar, segundo dados do governo, a R$ 4,6 bilhões. Com o fim das obras, de acordo com números da Infraero, a capacidade operacional dos aeroportos reformados subirá de 86,1 milhões de passageiros por ano para 143,3 milhões (66% de aumento).

OLIMPÍADA – Orlando Silva também se disse preocupado com os investimentos para a Olimpíada de 2016 no Rio. Na última terça, em votação no Congresso Nacional, o relator do projeto de Orçamento, deputado Geraldo Magela (PT-DF), retirou do texto todas as emendas de sua autoria destinadas a investimentos em vários setores e redistribuiu o dinheiro proporcionalmente entre as bancadas estaduais.

Pelos cálculos do ministro, com esta alteração os investimentos para infraestrutura esportiva, antes previstos no projeto em R$ 200 milhões, caíram para R$ 8 milhões. “Por causa de uma pressão, uma chantagem da oposição – porque a oposição chantageou o governo ameaçando derrubar a votação do congresso – o resultado foi, no nosso caso, uma mexida no orçamento que vai atrapalhar a preparação do Brasil para os Jogos Olímpicos de 2016”, criticou o ministro.

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