São Paulo – O escândalo da ?Máfia do Apito? poderá render ao torcedor comum indenização de R$ 34 milhões. Este é o valor pedido pelo Ministério Público de São Paulo em ação civil pública referente ao esquema de manipulação de resultados dos campeonatos Paulista e Brasileiro de 2005, que abalou as estruturas do futebol nacional. A ação, via Promotoria do Consumidor, coloca no banco dos réus os árbitros Edílson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon, ambos ?vendidos? ao empresário Nagib Fayad para armar resultados de jogos em que eram relacionados, além da CBF e Federação Paulista de Futebol.
O MP entende que as duas entidades têm culpa porque nada fizeram para impedir o esquema fraudulento.
Os juízes confessaram durante a investigação ter manipulados jogos dos campeonatos de 2005 em troca de propina, violando direitos do consumidor, previstos na Lei 10.671, do Estatuto do Torcedor, de 15 de maio de 2003. Favoreciam uma das equipes em campo, causando danos morais e materiais aos torcedores. A ação indica ?responsabilidade solidária? dos réus, assim qualquer um deles poderá ser indicado a pagar a multa, se condenados. O dinheiro seria pago a um fundo do MP para projetos populares.