A mina terrestre que explodiu neste domingo na fronteira da Líbia com o Egito durante a 11.ª etapa do Rali Paris-Dakar 2003 pode ser da época da 2.ª Guerra Mundial, afirmam autoridades egípcias. Um caminhão da equipe KTM foi atingido e teve sua traseira explodida. Os pilotos passam bem.
“Podem ser explosivos da segunda guerra mundial”, disse Hubert Auriol, diretor do rali.
Para evitar conseqüências mais graves, cerca de 60 carros, motos e caminhões que ainda completavam o trecho entre Sarir e Siwa foram parados na divisa dos dois países por precaução. Segundo Auriol, eles só vão atravessar a fronteira após a garantia de segurança para seguir viagem.
A região da fronteira está toda demarcada com o caminho teoricamente livre das minas.
“Nós atravessamos três campos minados somente hoje”, afirmou André Azevedo, do caminhão de competição brasileiro.
A vítima mais recente foi o português José Eduardo Ribeiro, membro da equipe de apoio de Elisabete Jacinto. Na fronteira do Marrocos com a Mauritânia, em 2001, ele saiu da rota determinada pelas autoridades e o carro explodiu. Ribeiro teve ferimentos graves em um dos pés.
Em 1996 as conseqüências foram piores. O francês Laurent Gueguen morreu na explosão do caminhão após passar em uma mina no deserto do Marrocos, na etapa Foum El Hassan e Smara.