André Bilia e Gustavo Almeida, ambos titulares da seleção brasileira de tae kwon do, vão a julgamento nesta sexta-feira no STJD da modalidade acusados de, com mais três faixas pretas, agredirem um competidor durante a disputa da Copa Brasil, realizada simultaneamente à seletiva aberta, em dezembro, em João Pessoa. Bilia, se punido, perderá a última etapa da seletiva olímpica, no próximo fim de semana.

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William Matias, de Suzano (SP), conta que estava carregando o celular antes de competir quando foi abordado por três atletas de São Caetano. Entre eles Gustavo Almeida, da categoria até 68kg, que o acusava de tê-lo difamado perante um patrocinador. “Quando eu já estava acuado contra a parede chegaram o André (Bilia) e o técnico de São Caetano, o Rafael Valério”, conta Matias.

“O André passou por trás e me chutou como se tentasse me dar uma rasteira. O Rafael me deu um soco. Eu tentei me defender e ataquei ele também. Nisso vieram os cinco para cima de mim”, relata a vítima, que foi salva pela “turma do deixa disso”. Ainda de acordo com Matias, Valério agiu de forma a assumir como único agressor, tentando tratar os alunos como apaziguadores.

O caso foi parar na delegacia e todos registraram Boletim de Ocorrência. A Confederação Brasileira de Tae Kwon Do (CBTKD) proibiu os quatro lutadores de São Caetano de voltarem ao ginásio no último dia de competições e ingressou no STJD contra os cinco atletas, com base nos artigos 254 e 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

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Ainda que a briga tenha ocorrido dentro do ginásio onde acontecia a competição, diante de todos, o advogado da equipe de São Caetano nega as agressões. “Existem 5 B.Os. O único que fala de agressão é o cara que se diz agredido. É a palavra dele contra a palavra de cinco. Em nenhum momento se apresenta testemunhas para o fato. Da nossa parte não houve agressão”, diz Camilo.

Matias diz que está ingressando na Justiça nos âmbitos civil e criminal contra os atletas e o treinador, cobrando por danos morais e materiais, uma vez que, agredido, não pôde competir. Ele apresentou à CBTKD um documento assinado por duas testemunhas confirmando sua versão.

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André Bilia é um dos três finalistas da seletiva olímpica brasileira na categoria peso pesado (+80kg). Se punido, deixaria a disputa entre Maicon Siqueira e Guilherme Felix. Gustavo Almeida não vai à Olimpíada porque a CBTKD tinha direito a apenas dois convites por naipe, escolhendo as categorias até 49kg e até 57kg no feminino e até 58kg e +80kg no masculino.