Num retorno triunfal às competições depois de seis meses afastado por contusão, o jovem australiano Mick Fanning, 23 anos, faturou o título do Quiksilver Pro para delírio da imensa torcida australiana que lotou a praia de Snapper Rocks ontem na Gold Coast. Ele barrou o tricampeão mundial Andy Irons nas quartas-de-final e garantiu a liderança no primeiro ranking do Circuito Mundial de Surfe Profissional (WCT/2005) derrotando o californiano Chris Ward, que está estreando na elite do surfe mundial, na bateria decisiva da etapa de abertura da temporada na Austrália. Ward também impressionou em sua primeira apresentação no WCT ao tirar a única nota 10 da competição durante a repescagem e ganhar o confronto norte-americano contra o hexacampeão Kelly Slater. Outros dois ex-campeões mundiais também ficaram nas quartas-de-final nas ondas irregulares de meio a 1,5m do último dia em Snapper Rocks, com C. J. Hobgood (EUA) e Mark Occhilupo (AUS) sendo barrados, respectivamente, pelos australianos Trent Munro e Tom Whitaker, que terminaram empatados em terceiro lugar na Gold Coast.
?Eu esperei seis meses para voltar a surfar e sabia que podia esperar 20 minutos mais. Preferi aguardar por boas ondas para tirar notas que poderiam fazer a diferença e elas vieram para mim lá fora?, contou Mick Fanning, que confessou não ter planejado uma vitória logo em seu retorno às competições.
Os brasileiros não passaram da terceira rodada da competição, com o catarinense Neco Padaratz, o cabo-friense Victor Ribas e o potiguar Marcelo Nunes computando apenas uma vitória na primeira etapa do WCT 2005. Os três terminaram empatados em 17.º lugar na Gold Coast, com direito a receber US$ 4.500 e 410 pontos. Já Peterson Rosa (PR), Paulo Moura (PE), Raoni Monteiro (RJ) e Renan Rocha (SP), não venceram nenhuma bateria e só ganharam R$ 3.600 e 225 pontos pela participação.
Próxima
A ?perna australiana? continua com o primeiro evento de nível máximo 6 estrelas do World Qualifying Series 2005 nos dias 14 a 20 de março, em Margaret River.