Apesar de não ter conseguido chegar à final e manter vivo o sonho de reconquistar o ouro que não vem desde 1987, a seleção brasileira masculina de futebol encerrou sua participação nos Jogos Pan-Americanos de Toronto com o bronze a sensação de dever cumprido. Ao menos essa é a afirmação do técnico Rogério Micale.
“Nós viemos aqui com uma proposta muito clara de estar abrindo um leque maior de jogadores, e isso foi alcançado. Nós ‘oportunizamos’ muitos jogadores que não vinham vestindo a camisa da seleção”, disse o treinador após a vitória por 3 a 1, na prorrogação, sobre o Panamá. O resultado rendeu a medalha de bronze para o Brasil.
“Saímos com a medalha de bronze. Queríamos a de ouro, mas o sentimento é de que, no final das contas, o que nós queríamos para ganhar, ganhamos”, afirmou Micale.
O atacante Lucas Piazón, que começou no banco de reservas e foi o autor do primeiro dos dois gols da prorrogação, reconheceu que a equipe começou mal diante do Panamá. “O primeiro tempo foi complicado. Eu estava do lado de fora e achei que não ia dar não, que os caras estavam marcando bem e nossa equipe não estava muito legal. Mas no segundo tempo nosso treinador mudou, a gente conseguiu dar uma melhorada e criar mais chances”, avaliou.
Piazón disse que o bronze serviu como consolo. “A gente saiu dessa final em cinco, dez minutos, e vir aqui hoje jogar e perder seria ruim pra todo mundo. Conseguimos ganhar o jogo e isso dá uma consolada em todo mundo”, disse. Ele reclamou, porém, do calor da partida. Disputada em gramado sintético, isso provocou bolhas na sola do pé “de todo mundo”.
