Meu trabalho me credencia a pensar na seleção, diz Tite

Após vitoriosa passagem pelo Corinthians, Tite não esconde que seu grande objetivo é treinar a seleção brasileira. Para tanto, admite que recusou ao menos seis convites de clubes de ponta da Série A. E está se reciclando para voltar ao trabalho depois da Copa do Mundo, na expectativa de que Luiz Felipe Scolari encerre sua segunda passagem pela seleção ao fim do Mundial, com título ou não.

Em entrevista exclusiva, o treinador reconhece que é difícil recusar bons convites de trabalho, mas acredita que o sacrifício valerá a pena no futuro. “Sim, não é fácil. Mas eu estava muito convicto que era preciso. Tive dificuldade quarta-feira à noite quando a adrenalina batia… aí você acordava no outro dia e pensava: pô, preciso estar ali no campo”, afirma.

Sem uma equipe para treinar, Tite confirma que a possibilidade de treinar a seleção num futuro não muito distante o motiva para esperar pela grande chance. “Ela [a possibilidade da seleção] pesou, ela pesa. Mas pesa mais o fato de terminar um ciclo. Acaba um ciclo, abrem outras perspectivas. São de seleções, são de clubes, daqui e do exterior também.”

Tite não se considera o favorito para treinar a seleção depois da Copa. Mas acredita que suas recentes conquistas o credenciam naturalmente para ser forte candidato. “Num caderno de quatro, cinco nomes, eu vou estar porque o trabalho me credenciou a isso. As passagens vitoriosas no Grêmio, no Internacional, no Corinthians”, argumenta.

“Foi a construção de um trabalho. Todos os títulos em níveis profissionais que ganhei: segunda divisão, regional, sul-americana, Libertadores, Brasileiro, Mundial, todos eu tenho. Então acaba me credenciando a ser um deles, mas há outros quatro juntos, vai depender do perfil”, reforça.

Na condição de espectador, o técnico aposta na força da seleção na Copa. E exalta a dupla formada por Felipão e Carlos Alberto Parreira. “Ele [Felipão] teve grandes méritos e o Parreira também: jogadores executam as funções que executam nos seus clubes. O Oscar joga onde gosta, o Neymar joga onde gosta, na esquerda, eventualmente ele roda, mas não é na direita”.

Por tudo isso, Tite também acredita no favoritismo, mas sem esquecer dos rivais. “O Brasil não é o único dos favoritos, é um dos favoritos ao título. Estrategicamente a comissão técnica está colocando como favorito, para tirar um pouco (a pressão) dos atletas. Mas a verdade é que ela sabe que tem o Brasil, a Alemanha, a Argentina… eles têm um grande favoritismo”.

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