O Paraná Clube, diferente do ano passado, há tempos já se livrou do fantasma do rebaixamento. Tampouco alimenta o sonho de brigar pelo acesso à elite nacional. Mas, mesmo ocupando uma zona neutra, os jogadores pedem o apoio da torcida e garantem que o clima não é de “fim de feira”.

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Buscando novas motivações como a artilharia do clube na Série B e um fim de temporada digno o Tricolor encara o Duque de Caxias, amanhã, às 16h10, no Durival Britto, atrás de sua maior série invicta na temporada.

Com três vitórias e dois empates, o técnico Roberto Cavalo atingiu a mesma marca que Wagner Velloso obtivera no início do ano. Só que ao contrário do antecessor que nunca foi unanimidade, mesmo tendo revertido um quadro complicado no Paranaense Cavalo é hoje uma referência no Paraná Clube.

Tanto que as duas chapas que se enfrentarão nas urnas, na próxima semana, pretendem contar com o treinador na temporada 2010, onde o clube irá encarar Paranaense, Copa do Brasil e Série B.

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A situação confortável do treinador foi conquistada na base do trabalho. Contestado no início, esteve a pique de ver seu trabalho ser interrompido abruptamente com apenas seis jogos. Cavalo virou a sorte na vitória sobre o Atlético-GO (2×1, no Durival Britto) e desde então não mais perdeu.

Arrumou a casa e encontrou um novo ataque apostando no ex-ala Marcelo Toscano , tirando o Tricolor da beira do precipício para levá-lo à 9.ª colocação. “Mas, podemos melhorar, lembra Zé Carlos, que fala com transparência sobre a sua possível saída do clube após o término da competição.

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“Hoje, quem decide meu futuro é o Luiz (Alberto Martins de Oliveira Filho). Sou jogador da L.A. Sports. Mas, gostaria muito de ficar, pois estou bem aqui no Paraná”, disse o jogador.

Diante desse quadro, Zé Carlos prefere manter o foco nos jogos. “Não tem essa de cumprir tabela. Um time como o Paraná tem que vencer sempre. Levamos um escudo no peito e temos que honrá-lo”, avisou o goleiro, esperando um fim de temporada em alta, mesmo sem a conquista de uma das vagas à Série A. “Fiz só doze jogos, mas estou à vontade aqui. O ambiente é muito bom”, emendou Zé Carlos.

O meia Davi, outro cotado para deixar o clube, também prefere manter o foco nos jogos que restam. “O que vai acontecer em 2010, não sei. Minha realidade é o Paraná e estou focado no Duque de Caxias. Vamos tentar seguir nessa maré de vitórias, que é bom para todos”, comentou o jogador.

“É uma pena que a gente conseguiu se encontrar muito tarde. Mas, no futebol é assim e vamos tentar fechar o ano vencendo. Depois, a gente senta e discute o futuro de cada um”, arrematou o camisa 10 paranista, que segundo especulações poderia ser negociado com o exterior.