Tido como melhor time do mundo, o Barcelona está eliminado da Liga dos Campeões. Nesta terça-feira, o jogo de ataque contra defesa diante do Chelsea, no Camp Nou, acabou empatado em 2 a 2. Como o time espanhol havia perdido de 1 a 0 em Londres, o agregado dos resultados acabou tirando Messi e companhia da briga pelo bicampeonato europeu. Busquets e Iniesta fizeram os gols catalães e o brasileiro Ramires marcou o gol decisivo dos ingleses. No fim, Fernando Torres deixou tudo igual.

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A partida foi uma guerra de nervos. Cahill e Piqué logo saíram machucados e desestruturaram as formações táticas previstas pelos dois treinadores. Depois que Busquets fez 1 a 0, Terry perdeu a cabeça e foi expulso. Com um jogador a mais, o Barcelona cresceu e ampliou para 2 a 0, mas Ramires descontou no fim da primeira etapa. O brasileiro fez um golaço por cobertura e acabou sendo, por isso, o nome do jogo.

Na segunda etapa, o Barcelona teve a chance de fazer o terceiro, mas Messi, tantas vezes decisivo, perdeu um pênalti. O argentino, que deu a assistência para o segundo gol, não foi bem no jogo. Desperdiçou duas chances na área ainda na primeira etapa e, sem espaço, criou pouco no segundo tempo.

O Chelsea, que demitiu seu técnico André Villas-Boas no início de março, conseguiu dar a volta por cima nas mãos do interino Roberto Di Matteo. Sem Terry e Raul Meireles, suspensos, vai decidir a Liga contra Real Madrid ou Bayern de Munique, que fazem a outra semifinal nesta quarta-feira, em Madri.

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Já o Barcelona, em uma semana, praticamente deu adeus ao título do Campeonato Espanhol ao ser derrotado em casa pelo Real, sábado, e agora também não tem mais como buscar o bicampeonato europeu (e mundial). Só restou a final da Copa do Rei, contra o Athletic de Bilbao.

O JOGO – Nem no primeiro minuto de jogo o Chelsea teve vergonha de mostrar que tudo que queria era se defender. Quando o Barcelona tinha a bola, raramente Drogba, o mais avançado do time inglês, ficava além da sua intermediária defensiva.

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Para piorar, o Chelsea perdeu seu primeiro defensor aos 5 minutos. Alexis fez jogada pela esquerda e Cahill, na tentativa de desarmá-lo, abriu demais as pernas. O zagueiro ficou no chão, tentou continuar em campo, mas acabou substituído por Bosingwa.

O Barcelona, porém, logo perdeu um defensor também. Valdés foi fazer um corte pelo alto, trombou com Piqué e este caiu desmaiado no chão. O zagueiro também tentou voltar ao jogo, mas, grogue, não conseguiu (o jogador teve uma concussão cerebral e acabou no hospital). Aí Guardiola, que escalara o seu time com três zagueiros, teve que tirar Daniel Alves do banco e colocar o brasileiro em campo.

Logo o lateral resolveu. Aos 35 ele apareceu na meia-lua e encontrou Cuenca na esquerda da área. O atacante rolou para o meio e Busquets, livre, abriu o placar. O gol desequilibrou o Chelsea, a ponto do seu capitão, Terry, perder a cabeça, dar uma joelhada por trás em Alexis Sánchez e ser expulso.

O time da casa aproveitou o momento de fraqueza do rival e fez o segundo. Messi deu bela enfiada de bola para Iniesta, que repetiu o gol do título da Espanha na Copa do Mundo e fez 2 a 0.

Quando o cenário parecia definitivo para o Barcelona, a escalação equivocada de Guardiola pesou. Ramires puxou contra-ataque pela direita do ataque (onde não havia um lateral do time catalão para marcá-lo), saiu na cara de Cech e, com categoria, bateu de cobertura. Um golaço para colocar o brasileiro na história do Chelsea.

No intervalo, o técnico Di Matteo tentou corrigir a marcação do Chelsea e arriscou ao colocar Drogba como lateral-esquerdo. No primeiro lance por ali, o marfinense chegou atrasado e derrubou Fàbegras na área. Era a chance de Messi encerrar um jejum de dois jogos sem marcar. Foi para a cobrança do pênalti, deslocou Cech e carimbou o travessão.

A partir daí, o cenário seria um só: o Barcelona rondando a grande área e o Chelsea com no mínimo oito jogadores dentro dela, tentando se fechar ali. Os ingleses só tiveram uma chance: num chute de Drogba, de antes do meio de campo. Valdés teve trabalho para pegar. O marfinense, aliás, foi praticamente perfeito no restante do jogo, ajudando demais na marcação.

Sem opção pelas laterais (Daniel estava mal e não havia ninguém na esquerda), o Barcelona não conseguia furar o paredão inglês. Até Keita entrou para tentar cabecear na área. A melhor chance foi de Messi, que arriscou de longe e acertou a trave.

Nos acréscimos, o que parecia impossível. Fernando Torres, que entrara no lugar de Drogba, recebeu mano a mano contra Valdés no campo de ataque, deixou o goleiro para trás e empurrou para o gol vazio, fazendo o sétimo gol dele na temporada. Era o empate do Chelsea.