Lionel Messi pode se consagrar nesta segunda-feira como o melhor jogador de uma geração. Se a lógica prevalecer, o argentino ganhará em Zurique sua quinta Bola de Ouro, troféu destinado ao melhor jogador do mundo.

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Não apenas será mais um recorde de Messi, mas deixará seu principal rival, Cristiano Ronaldo, com três Bolas de Ouro, distante de tal feito e praticamente impossibilitado de empatar com o jogador do Barcelona. Já Neymar, o terceiro finalista, desembarca em Zurique num momento de contradição: vive seu melhor no futebol dentro de campo. E um inferno fora.

Salvos pela genialidade dos jogadores, os organizadores do evento confirmaram à reportagem que ninguém esconde o mal-estar de uma festa de gala realizada enquanto mais de 40 dirigentes estão indiciados, presos, em fuga ou afastados. “Foi difícil arrumar gente para confirmar a presença na festa”, confessou um dos integrantes do grupo que monta o evento.

Quem não se abala é Messi. No sábado, o argentino fez três contra o Granada e, uma vez mais, garantiu a vitória de seu time. Essa foi a 33ª vez em que ele anotou ao menos três em um mesmo jogo na sua carreira. “Ele vai continuar assim o tempo que ele quiser”, disse Luis Enrique, seu treinador.

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O ano de 2015 foi, uma vez mais, exemplar. Messi fez menos gols que seu rival Cristiano Ronaldo: 43 contra 48 do português na temporada 2014-2015. Mas saiu com todos os cinco títulos possíveis para o ano, inclusive o de melhor jogador da Uefa. Desde 2000, quando chegou ao Barcelona, foram 29 títulos, incluindo três Mundiais de Clubes e quatro Ligas dos Campeões. Messi marcou 474 gols. Além disso, Foram sete ligas espanholas e uma menção no Guinness, o livro dos recordes.

Completando 31 anos no mês que vem, Cristiano Ronaldo dificilmente terá a oportunidade de ganhar mais duas Bolas de Ouro para se igualar ao jogador do Barcelona. Desde 2008, os dois duelaram para saber quem sairia com o prêmio.

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Para repetir a façanha de Messi, muitos ex-jogadores estimam que só mesmo em uma outra geração. Michel Platini e Johan Cruyff chegaram a prever que o argentino terá de primeiro se aposentar para que um novo astro possa ter espaço para concorrer a cinco prêmios.

Se a profecia de Luis Enrique se confirmar, o argentino estará no pódio de novo no futuro. E, enquanto coleciona títulos individuais, aguarda para completar sua carreira com a única conquista que resta por ganhar: a Copa do Mundo.

PÓDIO – Neymar surge como um eventual sucessor para Messi. O jogador do Barcelona teve, em 2015, o melhor ano de sua carreira, desequilibrou na Espanha, assumiu responsabilidades e passou a ser um dos principais jogadores do mundo. Na atual temporada, é o artilheiro do Campeonato Espanhol.

Se na seleção o talento de Neymar ainda não se reverteu em títulos, no time catalão ele coleciona troféus e, ao lado de Luis Suárez e Messi, forma o trio de ataque mais temido do futebol atual. Os três, juntos, marcaram 137 gols em 2015, quase o mesmo que todo o elenco do Real Madrid, com 140 gols. Só Neymar marcou 41 gols.

Sua chegada ao topo marca ainda o fim de uma “seca” de brasileiros entre os três melhores do mundo. A última vez que um brasileiro atingiu a marca foi em 2007, com Kaká. Algumas estimativas apontam que, na premiação desta segunda-feira, ele pode até mesmo ficar acima de Ronaldo e terminar na segunda posição.

O problema, porém, é fora de campo. Neymar está sendo investigado por corrupção, no que se refere a seu contrato com o Barcelona. Em 2016, ele pode até mesmo ser chamado a depor na Justiça espanhola.

Outro brasileiro na festa é Wendell Lira, que concorre ao gol mais bonito, justamente contra Messi. E ele é um forte concorrente, já que a votação foi pela internet, escolhida por torcedores de todo o mundo.