Na semana passada, o técnico Josep Guardiola afirmou que ainda não era possível classificar o Barcelona como uma grande equipe, pois estas demonstram sua grandiosidade em momentos de adversidade, coisa que o clube catalão não havia conhecido. Chegou então a hora do atual elenco do Barça mostrar porque é tido como um time que entrará para a história do futebol.
Nesta quarta-feira, em Londres, perdeu por 2 a 1 para o Arsenal e ficou em desvantagem na briga pela classificação às quartas de final da Liga dos Campeões. O resultado poderia ser considerado normal, não fosse o segundo tropeço seguido de um time que ganhou 29 dos 38 jogos que fez na temporada.
Até o sábado, o Barcelona ostentava uma sequência de 16 vitórias seguidas pelo Campeonato Espanhol. Jogou mal, empatou com o Sporting Gijón, e pôs fim à série. Agora, conhece a sua primeira derrota em sete jogos na Liga dos Campeões – terceira na temporada. Tinha levado três gols e sofreu mais dois nesta quarta.
O Barcelona até saiu na frente no Emirates Stadium. Messi fez grande jogada pelo meio e assistiu Villa, que abriu o placar aos 26 minutos do primeiro tempo. A vantagem poderia ser mais ampla se o argentino não fizesse algo que não está acostumado – perder gols. Primeiro, entrou sozinho na área, ficou cara a cara com Szczesny, fintou o goleiro com o corpo e, com o gol aberto, bateu para fora. Depois, recebeu de Iniesta e, novamente, jogou pelo lado do gol.
Diferentemente do comum em partidas do Barcelona, o jogo não era ataque contra defesa. Era ataque contra ataque. O Arsenal mostrou que também sabe colocar a bola no chão e empatou aos 33 minutos do segundo tempo. Van Persie desceu pela esquerda, chegou à linha de fundo, Valdés achou que o ele cruzaria, mas o holandês bateu forte para o gol, empatando.
A virada veio depois de cinco minutos. Fabregas tocou para Nasri na esquerda, o francês fez boa jogada e viu Arshavin livre na área. O russo bateu com classe, no contrapé de Valdés, e decretou a vitória do Arsenal. Dali em diante, só festa da torcida da casa, que vibrava como se o time tivesse sido campeão da Liga dos Campeões. Os torcedores ainda enchiam o peito para cantar que Cèsc Fabregas é deles.
Para avançar de fase, basta o Barcelona vencer por 1 a 0 no Camp Nou, na terça-feira dia 8 de março. Novo 2 a 1 para o time da casa leva a decisão para os pênaltis. Se o Arsenal marcar mais de um gol, o time catalão precisa vencer por dois ou mais de diferença.
SHAKHTAR VENCE – A Roma é um dos grandes times europeus que mais tem brasileiros no seu elenco. Só entrou em campo nesta quarta-feira, pelo jogo de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões, com dois deles entre os titulares – Doni e Taddei – e acabou perdendo em casa para o Shakhtar Donetsk, por 3 a 2. Os três gols do time ucraniano foram feitos por brasileiros.
A Roma abriu o placar aos 28 minutos do primeiro tempo com Perrotta e jogava melhor. Logo no lance seguinte, porém, o Shakhtar empatou. Jadson, agora jogador de seleção brasileira, chutou da entrada da área, a bola desviou em De Rossi e matou Doni.
Sete minutos depois, o time ucraniano ampliou, com Douglas Costa. O terceiro gol veio ainda no final do primeiro tempo. Riise tropeçou no próprio pé e deu a bola de graça para o Douglas Costa, que ficou no dois contra um frente à zaga romana e tocou para Luiz Adriano marcar. Menez descontou aos 16 minutos da segunda etapa, fechando o marcador: 3 a 2.