O jogo entre Barcelona e Real Madrid, no estádio Camp Nou, em Barcelona, é chamado de “o clássico” pela imprensa espanhola, ou seja, um duelo maior que os outros, o melhor exemplo para explicar o próprio termo. Esse certo exagero de catalães e madrilenhos se sustenta em várias marcas históricas que podem ser quebradas a partir das 15h30 (de Brasília) deste sábado, pela 31.ª rodada do Campeonato Espanhol.

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A principal delas é a expectativa pelo 500.º gol de Messi, que só precisa de mais um para celebrar o feito. Ao longo da semana, ele afirmou que seria um “cenário lindo” atingir a marca histórica diante do maior rival. Para o técnico Luis Enrique, do Barcelona, o número é de “outra galáxia”.

Zidane, responsável direto pelo 9.º título de Liga dos Campeões da Europa da história do Real Madrid, marcando o gol na final de 2002, em um voleio eterno contra o Bayer Leverkusen, enfrentará seu primeiro clássico diante do Barcelona como treinador. “Para um jogador, o clássico é a partida mais bonita que existe. Agora, como treinador, vou ter a chance de viver isso pela primeira vez. Estou muito feliz”.

O francês também vai se reencontrar com Luis Enrique. Os dois se enfrentaram cinco vezes como jogador, com direito a uma dura discussão entre os dois na temporada 2002/2003. Zidane chegou a agarrar o rosto do atual treinador do Barcelona.

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O jogo também marca o embate entre os dois ataques mais badalados do mundo: MSN (Messi, Neymar e Suárez) contra BBC (Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo). Nesse recorte, o brasileiro é protagonista. Em sua passagem pelo Barcelona, já participou de seis clássicos e marcou três gols e deu assistências. Detalhe: levou apenas dois cartões amarelos, dado importante considerado o seu desempenho na seleção, marcado por advertências e suspensões.

Esses duelos localizados ganharam força por causa da distância dos dois na tabela de classificação. Faltando oito rodadas para o final do torneio, o Barcelona lidera a classificação com nove pontos de vantagem sobre o segundo, o Atlético de Madrid, e 10 para o terceiro, o próprio Real Madrid.

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Luis Enrique considera a vitória “um passo gigante” para a conquista do título espanhol. Para o Real Madrid, resta a obrigação de vencer para ressurgir na competição.

O Barcelona também vai reverenciar o passado com diversas homenagens para Cruyff, ex-jogador e treinador do clube que morreu na semana passada vítima de câncer. O holandês criou o atual estilo de jogo catalão. Quando entrarem em campo, os jogadores utilizarão o número 14, eternizado pelo holandês. Um enorme mosaico será a inspiração das arquibancadas.