Lionel Messi deu mais uma demonstração de humildade nesta terça-feira. O atacante evitou capitalizar o gol marcado por Di María, que teve início em jogada e passe seus, e atribuiu a vitória da Argentina por 1 a 0 sobre a Suíça, na prorrogação, à “sorte”. “Foi muito sofrimento. Mas assim é o futebol e tivemos a sorte do nosso lado”, declarou, após a partida disputada no estádio Itaquerão, em São Paulo.
Como vem sendo recorrente nesta Copa do Mundo, Messi concentrou todas as jogadas da Argentina. Só quando a bola passava por seus pés é que o time chegava com perigo ao ataque. Não por acaso foi em uma investida sua pela intermediária que surgiu o único gol da partida. Ele acionou Di María, que bateu forte da direita e garantiu a classificação às quartas de final, aos 12 minutos da segunda etapa do tempo extra.
Pela assistência e pelas demais jogadas na partida, o craque do Barcelona foi mais uma vez eleito o melhor da partida, como já havia acontecido nos três jogos anteriores da Argentina nesta Copa. Messi, contudo, discordou do prêmio. “Não sei se eu mereço esse prêmio”, declarou o modesto jogador. “Mas o importante é que nós nos classificamos para a próxima fase. Foi difícil, mas sabíamos que seria assim”.
Diante das dificuldades contra a Suíça, Messi admitiu que sofreu com o nervosismo em campo. “Eu imagino que, como qualquer pessoa, eu fiquei nervoso porque não estávamos conseguindo marcar o gol. Poderíamos ser eliminados da Copa. E não queríamos chegar aos pênaltis. Queríamos definir o jogo antes”, declarou.
Aliviado, o atacante minimizou a atuação do time abaixo do esperado, que lembrou o confronto contra o Irã, na primeira fase. Preferiu lembrar do equilíbrio observado nesta Copa. “Sabíamos que todas as partidas seriam em pé de igualdade. Sabíamos que teríamos que vencer nos pequenos detalhes. Grandes seleções, como Espanha e Itália, já foram eliminadas. E outras, que foram surpresas, ainda estão aqui. Numa Copa, nunca há adversário fácil”.