No Paraná Online de sábado listamos as opções que teria o técnico Claudinei Oliveira para montar a equipe atleticana. Foram ao todo cinco opções de formação (sem qualifica-las), todas baseadas no que o treinador já tinha feito em treinos e jogos. A vitória de ontem contra o Corinthians foi desenhada com a opção de número 3, mas o treinador surpreendeu na escolha dos alas, nos ajustes feitos no decorrer da partida e colheu como resultado uma vitória reabilitadora.
Contra o Vitória, na 21ª rodada, o time atuou com a mesma formação e conseguiu a vitória. A diferença primordial para o jogo de ontem foi o jeito com que os jogadores se distribuíram em campo. Com a bola o 4-3-3 era visível, com Douglas Coutinho numa ponta, Marcelo na outra e Cléo centralizado. Marcos Guilherme compunha o 4-2-3-1 quando o time sofria a pressão adversária. Com alas ao invés de laterais (como contra o Vitória) o time encaixou bem melhor.
Para Oliveira, os jogadores merecem todo o crédito pela vitória, já que sentiram o baque das três derrotas consecutivas e perceberam o quão apáticos foram na derrota para o Chapecoense. “Hoje foi um jogo em que todos se doaram. A ‘chave’ da vitória foi esta: o comprometimento e a união de todos. E tem que continuar. Não pode ser só uma coisa de hoje”, comentou o treinador atleticano. “O segredo no futebol é ter um time equilibrado. Achamos este equilíbrio e encaixamos a marcação”, acrescentou.
Desde que chegou, Claudinei Oliveira tem alertado que o seu trabalho só poderia ser sentido (e cobrado) quando tivesse tempo para treinar. A tabela, contudo, forçou o time a treinar de 30 a 50 minutos nos únicos dias cheios de treinamentos ao longo da semana. Nesta maratona de jogos o time somou poucos pontos e alternou a formação e peças várias vezes. Dessa vez será diferente. Para o Atletiba serão cinco dias de trabalho, dos quais pelo menos três puxados, para que finalmente a filosofia de trabalho de Oliveira possa ser implementada. “É um jogo que vale três pontos e vamos buscar a vitória. Vamos achar o Atlético ideal. Hoje, estivemos perto do que imaginamos”, afirmou.
Cléo se destaca
O atacante Cléo não é descrito como um primor de técnica, mas tem intimidade com o gol. Foi artilheiro onde passou, mas no Atlético sofre para se firmar. Depois de um período lesionado, retornou ao time ontem, sofreu o pênalti e marcou o gol da vitória. “Quem trabalhou comigo nessa recuperação sabe o que passei. Só treinei duas vezes com o time principal e vim direto para o jogo. Foi um sacrifício de todos para poder entrar no jogo de hoje e tudo dar certo”, disse.
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