Mesmo sem jogo no nordeste, Alemanha segue na Bahia

A tabela da Copa do Mundo “premiou” a Alemanha com três jogos em cidades do nordeste brasileiro na primeira fase – Salvador, Fortaleza e Recife -, o que obrigou os alemães a lidar com o calor e a umidade da região. Por esse motivo, a comissão técnica abandonou a ideia de estabelecer sua base no País no interior de São Paulo e se mandou para o sul da Bahia. Pois a experiência no Campo Bahia, centro de treinamento construído especialmente para a equipe em Santa Cruz Cabrália, tem sido tão boa que os alemães continuarão fiéis ao local mesmo sem ter mais de jogar no nordeste.

Nesta segunda-feira, a Alemanha enfrentará a Argélia em Porto Alegre, pelas oitavas de final do Mundial. Caso se classifique, seu caminho até o título passará por Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Rio de Janeiro de novo. Ou seja, nada de temperaturas elevadas e alta umidade, o que certamente deixa a seleção alemã muito aliviada. Mas uma coisa é certa: depois de cada partida, os jogadores voltarão ao Campo Bahia. E o motivo, segundo Joachim Löw, é a privacidade de que seus atletas desfrutam na extremamente pacata vila de Santo André.

“Nós temos tentado manter os jogadores em condições mais calmas, longe de problemas como trânsito, barulho e assédio”, comentou o treinador da seleção. “Aqui (no Campo Bahia) eles fazem atividades de qualidade, mas também têm tempo livre para repouso e diversão, o que os ajuda a se manterem concentrados nos nossos objetivos. Às vezes é difícil lidar com as pressões da vida em grupo, mas um ambiente melhor do que o que temos aqui é impossível.”

Desde que chegaram à Bahia, no dia 8, os jogadores têm se mostrado bastante relaxados. É comum vários deles serem vistos na praia de Santo André, especialmente no dia seguinte ao de um jogo, ocasião em que o time não treina. Quando abordados por moradores da vila ou por turistas, eles têm se mostrado simpáticos, sem fugir do contato com as pessoas do local.

O presidente da Federação Alemã, Wolfgang Niersbach, também está encantado com as condições de trabalho que a seleção encontrou na Bahia. “Os brasileiros têm nos acolhido muito bem, tudo tem funcionado 100%. Não tenho nada a dizer a não ser agradecer pela recepção.”

Na noite do último sábado, a seleção alemã deixou seu bucólico cantinho no sul da Bahia para se deslocar até Porto Alegre. Caso o time supere a Argélia, a delegação retornará à vila de Santo André logo depois do jogo.

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