Atenas – O astro está cansado. Kaká chega esgotado ao encerramento de uma de suas melhores temporadas, desde que se transferiu para a Itália. O meia-atacante do Milan aguarda, com ansiedade, a decisão do título da Liga dos Campeões da Europa, no duelo de amanhã, com o Liverpool, em Atenas (Grécia), para em seguida relaxar e preparar-se para as férias. Por conta da necessidade de repouso, abriu mão da disputa da Copa América, na Venezuela, mas deve atender à convocação de Dunga para os jogos da seleção brasileira contra Inglaterra (dia 1.º de junho) e Turquia (dia 6), ambos na Europa.
?A seleção é sempre prioridade?, afirmou Kaká, em entrevista ao jornal francês L?Équipe, que queria saber por que ele não defenderá o Brasil na Copa América. ?Mas eles (dirigentes da CBF) precisam entender que qualquer jogador tem limite físico.?
Objetivos
Kaká reafirmou aos franceses o que já havia dito à CBF, por carta, dez dias atrás. Ou seja: precisa parar agora, caso contrário acumulará o quinto ano consecutivo sem férias – pelo menos nas suas contas. E preferiu não entrar no mérito do desgaste que sua atitude provocou, inclusive com a divulgação da carta no site da CBF.
Mas nem de longe descarta encerrar de forma prematura sua relação com a seleção. Ele admitiu que pretende ir aos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, e espera disputar a Copa das Confederações, em 2009, e o mundial em 2010, ambos na África do Sul. Porém, deixou no ar a idéia de que pode tornar-se mais seletivo. ?Acho que chegou o momento de pensar no meu futuro na seleção?, avisou.
Trauma
Jogadores e comissão técnica do Milan são unânimes: não querem nem pensar em decisão por pênaltis contra o Liverpool, na final da Liga dos Campeões. Depois do trauma da decisão de 2005, em Istambul, o negócio é decidir o jogo nos 90 minutos do tempo normal – ou então nos 30 minutos da prorrogação.