Sílvio Ávila/CBV |
Ginásio lotado em Fortaleza para ver mais uma vitória brasileira. |
Fortaleza (Ag. Placar) – A seleção brasileira masculina de vôlei teve um pouco de dificuldade, mas conseguiu manter sua invencibilidade na Liga Mundial. Ontem, a equipe comandada pelo técnico Bernardinho derrotou Portugal de virada, por 3 sets a 1 (22/25, 25/20, 25/21, 25/18) em partida realizada no ginásio Paulo Sarasate, em Fortaleza.
Hoje, as duas equipes voltam a se enfrentar no mesmo local, a partir das 10h. Este será o último jogo brasileiro no País, antes da fase decisiva da competição, na Rússia.
Esta foi a 11.ª vitória da seleção brasileira nesta edição da Liga, mas ela foi um pouco mais difícil do que de costume, porque o técnico Bernardinho resolveu colocar em ação vários jogadores mais novos, como o levantador Bruno, os meios-de-rede Sidão e Lucas e o oposto Gustavo.
Os titulares Ricardinho, Nascimento, Dante, Giba, André Heller e Rodrigão viajaram na sexta-feira para Latina, na Itália, a fim de se preparar para a fase final da Liga Mundial, que começa na quarta-feira, dia 23, em Moscou.
A afobação fez com que os jogadores brasileiros errassem muito no primeiro set, vencido pelos portugueses. A partir daí, no entanto, a equipe de Bernardinho assumiu o controle e fechou com tranqüilidade a partida.
Ginásios lotados e torcida muito bem comportada
Heleni Felippe
São Paulo (AE) – Ginásios lotados, torcedores que não xingam, não brigam e não invadem a quadra. É assim o público que enche as arquibancadas brasileiras nas partidas da seleção pela Liga Mundial de Vôlei. Mas não cabem comparações com o futebol. Por causa do perfil dos fãs e das características do esporte. Pesquisa quantitativa, feita em outubro de 2004 – encomendada pela Confederação Brasileira de Vôlei -, mostrou que 7s não se agridem nem xingam o juiz para não ser penalizados?, reforça Fábio Azevedo, superintendente da Confederação Brasileira de Vôlei.
Os ginásios estão sempre lotados – a maioria dos jogadores atua no exterior e s não se agridem nem xingam o juiz para não ser penalizados?, reforça Fábio Azevedo, superintendente da Confederação Brasileira de Vôlei.
Os ginásios estão sempre lotados – a maioria dos jogadores atua no exterior e são poucas as chances que o público tem de ficar próximo de seus ídolos. Em 2005, os seis jogos da Liga Mundial – realizados em Brasília, São Paulo e Betim – receberam 75.720 pessoas, média de 12.620.
O objetivo da CBV é ter 100% de lotação em todos os ginásios que recebem a seleção. Para isso, tem um plano que considera, na escolha das praças que serão visitadas, fatores como comodidade, estacionamento, segurança e acesso. E também programa entretenimentos. ?Nosso público quer diversão e não simplesmente ver o jogo?, afirma Azevedo. Na entrada, são distribuídos adereços de mão, pompons, tintas faciais, perucas, papel e caneta para recados. O público também conta com animadores – são 40 em cada jogo.
?Em 2003, percebemos que a torcida começou a chegar mais cedo, acostumada com as atrações. Abrimos os portões com 2h30 de antecedência e faltando 1h30 para o início do jogo, o ginásio já está cheio.? Este ano, acrescenta Azevedo, a parceria com um circo de acrobacias trouxe para as quadras uma equipe de ginástica artística, rítmica, capoeira e balé.
Numa etapa da Liga trabalham cerca de 40 pessoas na coordenação e 700 no espetáculo, do segurança ao faxineiro e ao bombeiro. Os patrocinadores, como o Banco do Brasil, ficam com uma cota de 30% dos ingressos, o que, em parte, também garante público em quadra – na entrada, distribuem camisetas, que pedem ao público que use. Outros patrocinadores fazem promoções, distribuindo bolas, por exemplo. Os 70% dos ingressos postos à venda custam R$ 30,00 e R$ 20,00, mas estudantes (a maioria do público) pagam meia-entrada.