O finlandês Valtteri Bottas é o líder da temporada de 2019 da Fórmula 1 após as duas primeiras etapas – na Austrália e no Bahrein. Tem um ponto a mais (44 a 43) que o inglês Lewis Hamilton, sem companheiro de Mercedes. Mas o pentacampeão mundial revelou nesta quinta-feira, no dia de entrevistas dos pilotos antes do GP da China, em Xangai, que marcará a 1.000ª corrida na história da categoria, que o seu principal adversário continua sendo o alemão Sebastian Vettel, da Ferrari, que já conquistou quatro títulos, todos pela Red Bull, na carreira.

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“Neste momento somos Sebastian e eu (a principal rivalidade) e não acredito que isso vai mudar tão cedo”, disse Hamilton, respondendo uma pergunta sobre a possibilidade de a disputa pelo título da temporada de 2019 ser mais aberta, com mais concorrentes. Mas depois pensou melhor e acrescentou Bottas e o monegasco Charles Leclerc. “Não vejo essa mudança logo, no momento somos nós quatro (os pilotos da Mercedes e da Ferrari). Mas não podemos descartar a Red Bull”, completou.

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A força do motor Ferrari, que impressionou a todos no Bahrein, preocupa Hamilton para a corrida na China. “É impressionante ver. Significa apenas que estamos desafiando outras áreas para tentar tirar mais do carro. Mas minha confiança, nosso foco e nossa atenção não mudaram e ainda estou muito confiante de que podemos tirar mais nos finais de semana”, afirmou o inglês. “Não se trata somente de velocidade em linha reta, é sobre curvas, desempenho, confiabilidade, parte mecânica, como você aborda um fim de semana, todas essas coisas”, complementou.

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Mas Hamilton entende que a Ferrari não está tão à frente da Mercedes neste início de temporada. “Você poderia dizer que a Ferrari tem um pacote mais forte que o do ano passado. Não acho que temos um pacote pior, nós também temos um pacote muito bom, mas eles definitivamente cresceram neste ano”, comentou.

O mesmo entendimento tem Bottas. O líder da temporada acredita que a Mercedes terá trabalho nesta final de semana para superar as Ferraris de Vettel e Leclerc. “Obviamente sabemos que temos trabalho a ser feito e o salto da Ferrari em termos de ritmo da primeira para a segunda corrida foi anormal. Eles claramente tinham algo errado em Melbourne (Austrália) e talvez o que eles têm agora é a imagem da temporada. Se isso vai continuar, eu não sei”, declarou.

Com longas retas, o circuito de Xangai beneficia a equipe italiana por conta da potência do motor. “Definitivamente pode fazer a diferença. A pista tem retas bem longas. A potência e velocidade nas retas é muito importante aqui. Existem as curvas também, mas sabemos que eles virão fortes para este fim de semana”, finalizou o finlandês.