Além das estrelas paranaenses de futsal, ciclismo, ginástica rítmica e de outras modalidades, a fase final dos 52º Jogos Abertos do Paraná (Jap’s), disputada em Francisco Beltrão, reúne atletas de outros Estados e até de outros países. O mais brilhante deles é o recordista brasileiro de medalhas de ouro em jogos Panamericanos, o mesatenista Hugo Hoyama, que defende Campo Mourão. Hugo chegou nessa quinta-feira (29) a Francisco Beltrão e teve como primeiro adversário União da Vitória.
Antes do primeiro confronto – a equipe de Campo Mourão é formada também pelos também craques Willian Kumagai e Roberto Diquique – , Hugo foi recebido pelo diretor-presidente da Paraná Esporte, Marco Aurélio Saldanha Rocha, na sala da Comissão Central Organizadora, no Centro de Eventos do Parque de Exposições Jayme Canet Júnior. “É uma grande honra tê-lo competindo nos Jogos Abertos do Paraná, pois valoriza o esporte paranaense”, disse Rocha.
Hugo Hoyama, com larga experiência em Jogos Abertos, principalmente de São Paulo, participa dos Jogos Abertos do Paraná pela primeira vez, depois de muitos convites. “Esse ano tudo deu certo, sem problema no calendário. A amizade me trouxe a Campo Mourão. Vou lutar com a equipe por medalhas. Defender uma cidade dá mais responsabilidade que jogar por um clube”, afirmou Hugo, que joga no São Caetano/SP.
Outros atletas convidados de destaque nos Jogos Abertos do Paraná são o goleiro cubano Michel Oquedo, do Suzano/SP, também por Campo Mourão, e Bruno Eré, do São José, de São Caetano/SP, pela equipe de bocha de Francisco Beltrão.
A relação de amizade de Hugo com Willian Kumagai vem desde o ano 2000. “A amizade começou como a de qualquer fã. Depois nos enfrentamos duas vezes. Ganhei uma na Copa do Brasil, em São Caetano, quando ele acabou desistindo, e perdi outra no Campeonato Brasileiro por equipes”, contou Willian, que acabou de conquistar a medalha de ouro na Copa do Brasil, em Videira/SC – o companheiro de equipe, Roberto Diquiqui, foi prata.
Em Francisco Beltrão, como em Campo Mourão, Hugo disse se sentir iniciante, pelo contanto com os mais jovens. “Os Jogos Abertos possibilitam essa convivência esportiva, passando experiência aos mais novos. É gostoso acompanhar a garotada. O tênis de mesa precisa muito disso, de intercâmbio, de quantidade de confrontos. É um esporte rápido. Qualquer ponto perdido pode resultar na derrota. É preciso de muita concentração”, afirma.
Com 40 anos de idade, Hugo pensa em competir em 2011, no Panamericano do México e em 2012 nas Olimpíadas de Londres. “Em 2016, no Brasil, quero estar presente de outra forma, ajudando os outros. Será muito importante para todas as modalidades a competição no Brasil. Só que é preciso investir mais no esporte para que os resultados apareçam. Um atleta precisa de bons patrocinadores”, diz.
Hugo começou a jogar com 7 anos de idade e com 8 já competia. Em 1986 defendeu a seleção brasileira adulta pela primeira vez. Em 1987 disputou o primeiro Panamericano, competição em que é recordista de medalhas de ouro no Brasil – ganhou 9 (2 individuais, 3 em duplas e 4 por equipe). Já participou de cinco olimpíadas, com o melhor resultado em Atlanta/EUA, em 1996, uma nona posição, além do gosto de ganhar de um campeão mundial, o sueco Jorgen Person. “Meu sonho sempre foi Olimpíadas. Temos que lutar por bons resultados. E ganhar uma medalha não é impossível”, afirma.