Curitiba se transforma até domingo na capital brasileira do tênis de mesa paraolímpico. Como programa de preparação para os Jogos Paraolímpicos de Atenas, os seis atletas que estarão defendendo o Brasil na Grécia farão uma preparação intensiva de hoje até sexta-feira, visando ainda a disputa da segunda etapa do Circuito Brasileiro de Tênis de Mesa, que será disputada em Curitiba, sábado e domingo, competição que conta com a organização da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa Adaptado (CBTMA).
Entre os mesa-tenistas que vão participar das atividades está o curitibano Luiz Algacir, 11.º no ranking mundial da classe 3*. Ele vem de uma ótima temporada no Velho Continense, onde foi disputar o Europeu de Tênis de Mesa Paraolímpico, em Emmen, na Holanda. Algacir foi campeão. Além dele, os outros cinco brasileiros que estarão em Atenas participaram do europeu, como forma de adaptá-los aos principais adversários nas Paraolimpíadas, em setembro: de Brasília foram Cristovam Jaques (12.º na classe 7*) e Iranildo Espíndola (23.º na classe 2*), assim como Algacir, são atuais campeões parapanamericanos. Roberto Alves, de Goiânia, número 22 na classe 5*, e o atleta de São Paulo Ivanildo Freitas (20.º na classe 4) fecham a lista dos mesatenistas que lutarão por medalhas em Atenas. Como o sexto membro da equipe brasileira, o santista Lucas Maciel, é deficiente mental, em Atenas ele jogará em caráter de exibição.
Outro motivo para Curitiba sediar esta importante fase de preparação para Atenas é o fato de a cidade ser um tradicional pólo do tênis de mesa paraolímpico brasileiro. Prova disso é que um dos três técnicos nacionais da modalidade é da cidade: Benedito de Oliveira Rodrigues. E será ele o coordenador dos treinamentos, que têm apoio da Visa e Loterias da Caixa, patrocinadores do CPB.
Ibirapuera recebe a elite
A equipe brasileira de atletismo paraolímpico está reunida no Conjunto Esportivo Constâncio Vaz Guimarães, no Ibirapuera, em São Paulo, onde realiza o primeiro intensivo coletivo de treinos visando os Jogos Paraolímpicos de Atenas.
Em Sydney, o atletismo foi representado por 10 atletas que conquistaram 9 medalhas: 4 de ouro, 4 de prata e 1 de bronze. Em Atenas, o esporte terá 17 integrantes -um aumento de 70% em relação a Austrália. A modalidade é uma das que mais cresce no País em número de praticantes e a evolução técnica é evidente, traduzida em resultados dos brasileiros nas competições internacionais. Além do atletismo outro esporte que também promete um bom desempenho na Grécia é a natação. Mas o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro, com os recursos da Lei Agnelo/Piva, promete colher bons resultados em várias modalidades. Tanto que os 13 esportes que vão às Paraolimpíadas têm realizado um trabalho de preparação, pela primeira vez, seguindo um cronograma contínuo de atividades.
Estrelas como Ádria Santos, a melhor velocista cega do mundo; Roseane Santos, recordista mundial no lançamento de disco; Antônio Delfino, recordista mundial nos 400m; André Garcia, um dos melhores velocistas deficientes visuais do mundo, entre outros, estarão no Ibirapuera até o fim de semana no treinamento coletivo.