Rio-2016

Meninas do Brasil saem aplaudidas após 0x0 com a África do Sul

Marta entrou no segundo tempo, melhorou o time, mas não conseguiu marcar. Foto: Andre Yanckous/Estadão Conteúdo
Marta entrou no segundo tempo, melhorou o time, mas não conseguiu marcar. Foto: Andre Yanckous/Estadão Conteúdo

Aplausos de pé em um 0x0. A prova de que a seleção brasileira de futebol feminino foi abraçada pela torcida ficou evidente após o empate desta terça-feira (9) com a África do Sul, na Arena da Amazônia, em Manaus. Classificadas por antecipação, nossas meninas brigaram muito pelo resultado, mas pararam na retranca adversária. Nas quartas de final, sexta-feira (12), o Brasil encara a perigosa Austrália.

A equipe terminou a primeira fase em primeiro lugar em sua chave, com duas vitórias e um empate. E conseguiu fazer o que a milionária seleção masculina prometeu e até agora não cumpriu: fazer o torcedor feliz, com vontade, organização e qualidade técnica. Foi bonito de ver. E muito merecido.

As meninas comandadas por Vadão começaram o jogo pressionando e empolgando a África do Sul. Mesmo com as mudanças, que deixaram o time bem diferente (por exemplo, Marta foi poupada e Cristiane segue contundida), os minutos iniciais deram a impressão que seria mais um massacre.

Mas o ritmo caiu, parte pelo calor com forte umidade de Manaus, parte pela ausência de jogadoras mais rápidas (apenas Debinha dava velocidade ao ataque) e parte pelo desentrosamento. E também porque as sul-africanas ficavam na defesa e tentavam só nos contra-ataques – no único lance de perigo das visitantes, Kgatlana obrigou Aline a sair do gol para salvar.

Dando uma alegria para as mais de 40 mil pessoas que foram à Arena da Amazônia, Vadão colocou Marta na volta do intervalo. A equipe ganhou qualidade e velocidade, e passou a rondar mais o gol de Barker. E isso fez a África do Sul recuar ainda mais. Ficou um ataque contra defesa.

Só que Kgatlana queria estragar a festa. Quase fez um gol da entrada da área, mas Aline salvou a seleção. Quando Marta pegava na bola, a torcida se empolgava, mas ela era muito marcada – eram oito jogadoras sul-africanas entre a área e a intermediária defensiva.

Na reta final da partida, o Brasil partiu com tudo. Acumulou chances e parava ou nos erros de finalização ou nas defesas de Barker, como na jogada em que Raquel saiu livre e tentou encobrir a goleira sul-africana. E dando um exemplo de entrega, todas as jogadoras lutavam por um gol, não pela vitória em si, mas para dar uma alegria à torcida.

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