Os protestos e confusões ocorridos na passagem da tocha olímpica por Londres e Paris – no domingo (6) e na segunda-feira (7), fizeram membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) se manifestarem contra o modelo atual do revezamento do fogo olímpico.
O australiano Kevan Gosper afirmou que o evento não precisa ser internacional e poderia ter se tornado menos traumático caso fosse simplificado. "Acho que os eventos no Tibete aumentaram muito a possibilidade de acontecerem protestos. Tenho convicção de que o modelo mais adequado outro, com a tocha simplesmente saindo de Olímpia, na Grécia, para a cidade que receberá os Jogos.
Para Gosper, os incidentes devem levar o COI a rever o modelo internacional. "É o que espero que aconteça", afirmou o australiano. O israelense Alex Gilady, outro membro do comitê, confirmou que a entidade voltará a discutir a questão. "Mas não faremos isso agora, só depois dos jogos", explicou.
A sueca Gunilla Lindberg disse estar "desesperadamente decepcionada" com os acontecimentos em Paris e Londres – manifestantes pró-Tibete tentaram apagar a tocha e tomá-la das mãos dos participantes do revezamento, vaiaram a passagem do fogo olímpico e tumultuaram as ruas das duas capitais. "Usar a tocha desta forma é quase um crime. A tocha é do COI, não da China", concluiu.
Apesar de todas as manifestações, a organização dos Jogos Olímpicos de Pequim confirmou que o revezamento continuará. Na quarta-feira, o fogo chega a San Francisco, nos Estados Unidos, onde são esperados mais protestos.