Autor do gol da virada do Flamengo na vitória sobre o Al-Hilal por 3 a 1 e eleito o melhor jogador da semifinal do Mundial de Clubes, nesta terça-feira, em Doha, no Catar, o atacante Bruno Henrique admitiu que a equipe fez um primeiro tempo distante do pretendido, mas que tinha certeza de que o time iria virar na etapa final.
“Estou feliz por contribuir mais uma vez. A gente viu o jogo deles contra o Espérance, vimos que eles caíram muito de rendimento no segundo tempo. Nós conversamos no intervalo, o Mister disse para não diminuirmos a intensidade porque o time deles ia cansar. Foi o que aconteceu, e com a nossa qualidade, nós conseguimos virar o jogo”, afirmou Bruno Henrique, em entrevista à TV Globo.
Responsável por igualar o jogo no começo do segundo tempo, Arrascaeta concordou com o companheiro. “No primeiro tempo, não conseguiu apertar (na marcação), eles tinham muito espaço para sair jogando. Na etapa final, encurtamos os espaços das linhas e conseguimos chegar com profundidade”, analisou.
“Treinamos para que possa acontecer no jogo da melhor forma”, acrescentou ao ser questionado sobre o entrosamento do setor ofensivo do Flamengo. “Nós ficamos feliz pelo momento, queremos ficar ainda mais na história deste grande clube. Quero conquistar o Mundial. Depois de tanto tempo (1981) será bastante gratificante.”
Na avaliação do lateral-direito Rafinha, o aspecto decisivo do jogo influenciou no comportamento da equipe no primeiro tempo. “O corpo está bem, mas o psicológico atrapalha. Sabíamos que iríamos enfrentar uma equipe muito forte, conheço quase todos os jogadores. Merecem todo o respeito. Fizemos um segundo tempo melhor, do jeito que o Flamengo está acostumado e estamos na final”, comemorou o jogador, que fez o cruzamento para o gol de Bruno Henrique.
“Agora é o jogo das nossas vidas. A gente respeita (o Liverpool), mas vamos com tudo”, avisou Rafinha, que não acredita em uma surpresa na partida da equipe inglesa contra o Monterrey, do México, nesta quarta-feira. A final será no sábado, às 14h30.
Outro jogador que se destacou na partida, Diego afirmou que todos os reservas precisam estar atentos para quando for necessário entrar para mudar o jogo. O meia foi colocado no lugar de Gerson aos 28 minutos do segundo tempo e pouco depois o Flamengo virou o placar.
“Todos querem jogar os 90 minutos, mas somos uma equipe. Quero sempre fazer o melhor quando estou em campo. Estou feliz de ter contribuído. Agora estamos na final”, afirmou. “Observo muito (do banco) e isso ajuda. Quando você entra em um jogo que está 220 km/h precisa estar preparado. Quando entro, eu já sei o que preciso fazer.”