Henrique Meirelles confirmou nesta segunda-feira que foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para presidir a Autoridade Pública Olímpica (APO). Na nova função, o ex-presidente do Banco Central irá gerenciar as obras para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

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Em entrevista no Palácio do Planalto, em Brasília, após encontro com Dilma nesta segunda-feira, ele discordou que o texto da Medida Provisória que cria a APO tenha esvaziado o novo órgão. “Não há dúvidas de que o governo federal, o Estado e o município do Rio vão executar as obras. A Autoridade Pública Olímpica coordena, aprova e monitora o trabalho de todos esses órgãos. Em resumo, não houve nenhuma perda nesse sentido à medida em que houve uma reestruturação de forma diferente”, disse Meirelles.

Ao responder uma pergunta sobre a decisão de Dilma de não criar mais a estatal Brasil 21, que seria vinculada ao ministério do Esporte e teria capacidade de executar as obras da Olimpíada, ele se limitou a dizer que a empresa não era vinculada à APO, mas ao ministério do Esporte.

Meirelles disse que sua experiência de oito anos no Banco Central, durante o governo Lula, e os 30 anos em que atuou na iniciativa privada pesaram na decisão de Dilma em indicá-lo para o cargo. Ele revelou ainda que outro fator que influenciou a decisão foram seus contatos com investidores nacionais e estrangeiros e órgãos esportivos.

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Segundo Meirelles, representantes do Comitê Olímpico Internacional (COI) chegaram a telefonar para ele para incentivá-lo a assumir o posto na APO, lembrando da sua importância na escolha do Rio para ser a sede da Olimpíada. “Me ligaram e me disseram: ‘Você vai ter que ser o responsável para fazer com que isso aconteça'”, contou.

Meirelles não quis responder a perguntas sobre os gastos que o governo terá com a realização dos Jogos do Rio e sobre o regime especial de licitação para o evento. Segundo ele, a realização da Olimpíada no Brasil é importante, pois mostrará a capacidade organizacional do País de montar um projeto dessa magnitude. “Isso é um projeto que muda a percepção sobre o país. E a Olimpíada tem a capacidade de transformar uma cidade”, defendeu.

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