O meio-campista Mancini, do Atlético-MG, convocou a imprensa nesta terça-feira para falar a respeito de sua suposta condenação, por um tribunal de Milão, a dois anos e oito meses de prisão sob acusação de ter violentado sexualmente uma modelo brasileira na Itália. A informação foi publicada pelo site do jornal italiano Gazzetta dello Sport na segunda-feira. Em um pronunciamento em que não abriu espaço para pergunta dos jornalistas, o jogador do time mineiro explicou pouco.

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“Estou muito tranquilo em relação a isso. Meus advogados na Itália são advogados competentes, muito preparados, e irei provar minha inocência. O meu foco é o Cruzeiro e o jogo de domingo. Tenho certeza que a gente vai fazer um grande jogo e que provarei minha inocência em relação a tudo isso que saiu”, disse ele.

Mancini revelou ainda ser vítima de extorsão, mas não se aprofundou na denúncia. “Estou sendo vítima de extorsão. Realmente, é uma coisa que magoa muito, que machuca muito porque envolve minha família e meu nome. Infelizmente, na vida a gente encontra pessoas que querem destruir famílias e ambientes familiares, mas isso não vai acontecer comigo, principalmente eu, que sou uma pessoa que nunca teve problemas fora do campo e sempre fui referência pra muitas crianças”, completou o jogador.

De acordo com o jornal italiano, Mancini, de 31 anos, teria abusado da mulher de 30 anos na madrugada de 8 para 9 de dezembro do ano passado, em uma festa organizada por Ronaldinho Gaúcho em Milão. O jogador defendia a Inter de Milão naquela época, enquanto a grande estrela do atual elenco do Flamengo era jogador do Milan. A procuradoria de Milão havia pedido pela aplicação de uma sentença de três anos e oito meses de prisão ao brasileiro, que, em fevereiro passado, afirmou estar sendo vítima de uma “farsa”.

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Após a suspeita de agressão sexual, a mulher de 30 anos foi atendida em um centro médico local e em seguida oficializou a acusação contra Mancini, que foi negociado em janeiro para o Atlético-MG.

A Gazzetta dello Sport ainda noticiou que Geraldo Eugenio do Nascimento, de 56 anos, amigo de Mancini, foi condenado a dez meses de prisão após ter sido acusado de atrapalhar as investigações sobre o caso e de tentar persuadir a modelo brasileira a retirar a acusação contra o atleta.

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Em abril, durante o período do andamento do processo contra Mancini, o procurador Elio Ramondini disse que o jogador aproveitou o estado de embriaguez da modelo em questão para obrigá-la a ter relações sexuais com ele. Na ocasião, ela teria pedido para que o atleta a levasse ao seu apartamento, mas o meio-campista teria mudado essa rota pedida pela modelo e a levado ao seu próprio apartamento em Milão. E, no local, ele teria se aproveitado do fato de a mulher estar inconsciente para violentá-la sexualmente, segundo noticiou o jornal italiano nesta segunda.