O médico responsável pela cirurgia a que o meia Kaká foi submetido no joelho esquerdo na última quinta-feira, na Bélgica, afirmou que o jogador brasileiro colocou a sua carreira em risco ao disputar a Copa do Mundo de 2010 com dores no local lesionado. Por causa da operação, o craque do Real Madrid ficará afastado dos gramados por até quatro meses.
“Sua carreira correu sério perigo”, afirmou o médico belga Marc Martens, em entrevista para o diário espanhol Marca. “Ele começou a jogar com um incômodo e acabou com uma dor insuportável. Entendo que trata-se de uma competição única, que havia pressão, mas ele forçou demais contra Holanda e Chile. Ele reconheceu a mim que sentia muita dor”, disse o profissional, se referindo aos jogos válidos pelas oitavas e quartas de final da Copa do Mundo, da qual a seleção brasileira foi eliminada pelo holandeses após uma derrota, de virada, por 2 a 1.
Kaká, que jogou o Mundial depois de se recuperar de dores no púbis e também de uma lesão muscular na perna esquerda, teria machucado o joelho esquerdo na segunda partida do Mundial, contra a Costa do Marfim. Suspenso por ter sido expulso contra os marfinenses, ele ficou fora do duelo contra Portugal, na rodada final da primeira fase, e voltou a campo para atuar contra chilenos e holandeses.
Martens disse que logo no primeiro exame já se assustou com a gravidade da lesão no menisco do joelho esquerdo de Kaká. “Só de ver pude comprovar que era grave. Poderia ter acabado com a carreira dele. Poderia ter se arrebentado, mas graças a Deus foi operado no momento certo e tudo terminou uma maravilha”, reforçou.
Kaká chegou a se apresentar ao Real Madrid em Los Angeles, nos Estados Unidos, pouco antes de o timer vencer o América por 3 a 2 em amistoso contra o América do México, por 3 a 2, em San Francisco, mas seguiu para Bélgica para ser operado.