No gosto da galera

Média de público de abertura indica bom futuro para a Primeira Liga

Boicotada em um primeiro momento, mas agora reconhecida pela CBF, a Primeira Liga já provou que tem tudo para dar certo. Mais atrativa do que os campeonatos estaduais e com a oportunidade dos clubes atuarem em um nível técnico maior já no primeiro mês do ano, a competição atingiu média de público na primeira rodada de 10.099 pagantes por jogo.

Este número é três vezes maior do que a média registrada no Campeonato Paranaense do ano passado, (3.177 torcedores por partida) e maior, também que as médias de público dos outros campeonatos estaduais dos clubes envolvidos na competição regional. O Campeonato Mineiro do ano passado teve média de 5.377 torcedores, o Carioca, 5.372, o Gaúcho 4.587 e o Catarinense apenas 3.562.

Nesta primeira rodada, o jogo que mais atraiu público foi no Mineirão, na partida entre Atlético-MG e Flamengo, quando mais de 30 mil torcedores acompanharam a vitória rubro-negra.

O Estádio Beira-Rio, para o duelo entre Internacional e Coritiba, foi o segundo a receber mais torcedores. Pouco mais de 11 mil pessoas pagaram para assistir a partida movimentada entre colorados e coxas-brancas, mas que acabou empatada sem gols.

No duelo entre Fluminense e Atlético, pouco mais de 6 mil torcedores acompanharam a vitória do Furacão por 1×0 diante do tricolor carioca. A partida, no entanto, foi realizada em Volta Redonda, ou seja, fora da casa oficial do Flu, que é o Maracanã. No Heriberto Hulse, em Criciúma, mais de 7 mil torcedores acompanharam o empate do Tigre diante do Cruzeiro em 1×1. Nas partidas de quinta-feira vieram os menores públicos do torneio. A partida entre América-MG e Figueirense, no Independência, teve 2.217 pagantes e, na Arena Condá, apenas 2.772 pessoas acompanharam o empate entre Avaí e Grêmio.

Assim, o aperitivo da Primeira Liga leva a crer que a competição tem tudo para ser um sucesso. Antes boicotada pela CBF, mas agora reconhecida a força pela entidade, o torneio que reúne grandes times de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro, está no caminho para seguir os passos da Copa Verde e Copa do Nordeste, que há alguns anos são sucesso nas suas regiões.