Seguindo os padrões “econômicos” da Fórmula 1 após o estouro da crise financeira mundial, a McLaren apresentou nesta sexta-feira seu carro para a temporada 2009 pela internet, com a divulgação de fotos em alta resolução no site oficial da equipe e uma discreta entrevista coletiva na sede da equipe, em Woking. Mas o MP 4-24, que Lewis Hamilton guiará na busca pelo bicampeonato mundial, acabou em segundo plano com a informação de que Ron Dennis deixará de ser o chefe da equipe a partir do dia 1º de março, dando lugar a Martin Whitmarsh.

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“É tempo de Martin assumir essa responsabilidade. Mas ainda não escrevam que é minha aposentadoria, pois tenho outras responsabilidades dentro da empresa”, afirmou Dennis, que é um dos sócios da McLaren e estava no comando das operações de corrida desde 1981.

Nesse período, a equipe conquistou 10 títulos mundiais de pilotos, com cinco pilotos diferentes: Niki Lauda (1984), Alain Prost (1985, 1986 e 1989), Ayrton Senna (1988, 1990 e 1991), Mika Hakkinen (1998 e 1999) e Lewis Hamilton (2008), além de sete Mundiais de Construtores (1984, 1985, 1988, 1989, 1990, 1991 e 1998). “Nosso objetivo neste ano é conquistar os dois títulos”, avisou.

A situação de Dennis começou a se complicar em 2007, quando a McLaren foi desclassificada do Mundial de Construtores por espionar documentos sigilosos da Ferrari – à época, foram fortes na imprensa europeia os comentários de que a Mercedes, sócia majoritária, queria sua cabeça. Para piorar, a equipe se dividiu entre Fernando Alonso e Lewis Hamilton, e viu Kimi Raikkonen conquistar de forma surpreendente o título.

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No ano passado, Dennis se redimiu com a conquista de Hamilton, a quem contratou ainda na adolescência, e agora aproveitou a oportunidade para se despedir em alta. “Mas continuarei indo às corridas, porque sou apaixonado pela F-1”, avisou o dirigente.