McLaren declara guerra à Ferrari

Não há mais trégua e o clima entre Ferrari e McLaren é de guerra aberta. Depois que a equipe italiana declarou seu inconformismo com a decisão do Conselho Mundial da FIA, de admitir que os ingleses eram culpados no caso de espionagem, mas não seriam punidos por não haver evidências de uso do material furtado de Maranello, a esquadra prateada reagiu.

Ron Dennis, dono da McLaren, divulgou na noite de anteontem uma extensa carta com 58 parágrafos com suas versões para o fato e apontando o dedo para o time vermelho, sem meias-palavras.

Segundo o dirigente, a Ferrari venceu a primeira corrida do ano, na Austrália, com um carro ilegal. E continuaria trapaceando se seu ex-chefe de mecânicos, Nigel Stepney, não tivesse avisado o amigo Mike Coughlan, então projetista da McLaren, que a equipe italiana – com quem estava em litígio – estava usando um assoalho e uma asa traseira fora do regulamento.

No longo texto, Dennis faz uma cronologia do episódio e diz que de fato Stepney passou a informação sobre as irregularidades da Ferrari no GP da Austrália. E por isso a McLaren pediu à FIA para verificar os carros adversários. O tal do assoalho móvel acabou proibido, mas o resultado da prova, vitória de Kimi Raikkonen, foi mantido.

Dennis é duro com o time rival, e afirma que se a McLaren não tivesse sido alertada por Stepney – a quem, quase cinicamente, elogia por ter tido uma atitude ?esportiva? -, a Ferrari seguiria com irregularidades no carro, e assim, na base da trapaça, tentaria o título de 2007.

Ontem, em Budapeste, a equipe proibiu seus pilotos, Fernando Alonso e Lewis Hamilton, de darem entrevistas. Hoje começam os primeiros treinos para o GP da Hungria. É uma pequena pausa na guerra de bastidores e tribunais para o início do duelo na pista, que vem sendo tão intenso quanto fora dela.

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