Mesmo competindo com uma lesão no pulso direito, Mayra Aguiar manteve nesta sexta-feira a sua rotina de pódios. O tão esperado ouro não veio dessa vez, mas, com o bronze conquistado no Maracanãzinho, no Rio, a gaúcha de apenas 22 anos faturou sua sétima medalha seguida em um Mundial de Judô.

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Essa sequência de pódios começou em 2006, quando Mayra Aguiar foi medalhista de bronze no Mundial Júnior (Sub-20). Na época, tinha apenas 15 anos. O talento precoce se confirmou nas edições seguintes do campeonato: prata em 2008, bronze em 2009 e finalmente o título de campeã mundial júnior em 2010.

Naquele mesmo ano de 2010, Mayra Aguiar já havia começado sua sequência de pódios na categoria adulta, com a prata no Mundial de Tóquio. Em Paris/2011, ela foi medalhista de bronze, a mesma que ganhou nos Jogos Olímpicos de Londres, no ano passado, e agora no campeonato que acontece no Rio.

Depois da Olimpíada de Londres, Mayra Aguiar só voltou a lutar em abril, quando foi campeã pan-americana. Na sequência, conquistou o título do Masters, torneio que reúne apenas as 16 melhores do ranking mundial. Também foi vice-campeã no Mundial Militar e no Grand Slam de Moscou.

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Assim, virou a líder do ranking na categoria até 78kg e chegou ao Mundial do Rio como favorita. Cabeça de chave, ela estreou apenas na segunda rodada nesta sexta-feira, diante da italiana Assunta Galeone, e forçou a adversária a receber duas punições, além de aplicar um wazari no final.

Em seguida, diante da holandesa Marhinde Verkerk, Mayra Aguiar começou melhor a luta e viu a adversária levar uma punição. A brasileira, então, recebeu duas punições, o que pôs sua oponente em vantagem. Além disso, sofreu um ippon quando faltavam apenas quatro segundos para o final.

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Com a derrota nas quartas de final, Mayra Aguiar caiu na repescagem, quando passou pela ucraniana Viktoriia com uma imobilização. Assim, fez a luta pela medalha de bronze diante da canadense Catherine Roberge, ganhando com um belo ippon e subindo novamente ao pódio.

Agora, o Brasil passa a ter quatro medalhas no Mundial do Rio, que acaba no domingo. E todas foram conquistadas pela seleção feminina. Antes do bronze de Mayra Aguiar, já tinha conseguido o ouro inédito com Rafaela Silva, além da prata de Érika Miranda e do bronze de Sarah Menezes.

SEM SUCESSO – Outra judoca brasileira chegou à repescagem nesta sexta-feira no Rio, mas não teve a mesma sorte. Na categoria até 70kg, Maria Portela precisava ganhar da francesa Lucie Decosse, que é bicampeã mundial e atual campeã olímpica, para poder ter o direito de disputar a medalha de bronze no combate seguinte. Mas perdeu a luta para a poderosa adversária da França e ficou fora do pódio.

Maria Portela chegou ao Mundial como a oitava colocada do ranking da categoria. E começou a campanha com vitórias sobre a dinamarquesa Emile Sook e a casaque Dinara Kudarova. Mas acabou perdendo nas quartas de final para a sul-coreana Ye-Sul Hwang. Aí, teve nova chance na repescagem, quando fez uma luta bastante equilibrada contra Lucie Decosse e só foi derrotada no golden score.