Mayra Aguiar bate rival e é ouro no Grand Slam de Paris; País leva mais 2 bronzes

O ano olímpico começou muito bom para a judoca Mayra Aguiar, umas das maiores esperanças do Brasil para ganhar uma medalha de ouro nos Jogos do Rio, em agosto. Neste domingo, no Grand Slam de Paris, na França – um dos eventos mais importantes do judô -, a gaúcha foi a campeã batendo na final a sua maior adversária na categoria até 78kg: a norte-americana Kayla Harrison.

Além de Mayra Aguiar, o Brasil conquistou mais duas medalhas de bronze neste domingo, último dia de competições na capital francesa. Victor Penalber, na categoria até 81kg, e David Moura, na acima de 100kg, foram os agraciados. Assim, o País fecha o Grand Slam de Paris com bom desempenho, já no sábado Sarah Menezes (até 48kg) e Rafaela Silva (até 57kg) também faturaram bronze.

Para chegar ao seu segundo título em Paris, Mayra Aguiar abriu caminho com um ippon contra a tunisiana Sarra Mzougui e pontuou com um waza-ari contra a eslovena Anamari Velensek, número 3 do mundo, nas oitavas. Em seguida, passou às semifinais com a vitória sobre a espanhola Laia Talarn por ter menos punições. O mesmo aconteceu contra a vice-campeã olímpica Gemma Gibbons, da Grã-Bretanha, para chegar à final.

Na grande decisão, o reencontro com a campeã olímpica, Kayla Harrison. E Mayra Aguiar teve um final feliz desta vez com um golpe perfeito, um ippon, e medalha de ouro em sua primeira competição na temporada de 2016.

Para conquistar o bronze neste domingo, Victor Penalber precisou lutar seis vezes na categoria até 81kg, que teve o maior número de participantes no Grand Slam de Paris. Ele começou com vitórias contra o italiano Antonio Ciano, o holandês Frank De Witt e o russo Ivan Vorobev. Nas quartas de final, derrota para o búlgaro Ivaylo Ivanov. Na repescagem, um ippon contra o grego Roman Moustopoulos o levou para a disputa pelo bronze, conquistado com um estrangulamento perfeito no russo Alan Khubetsov, que teve de desistir da luta.

O terceiro bronze do dia veio com o peso pesado David Moura. Ele passou primeiro pelo lituano Marius Paskevicius, por ippon, mas caiu nas quartas para o japonês Ryu Shichinohe. Na repescagem, conseguiu o ippon contra o francês Hamza Ouchani e na disputa pelo bronze ganhou do georgiano Levani Matiashvili por ter menos punições.

O Brasil poderia ter conquistado mais uma medalha de bronze, mas a peso pesado Rochele Nunes ficou em quinto lugar. Na semifinal contra a japonesa Megumi Tachimoto, a brasileira se machucou e a comissão técnica decidiu poupá-la da luta final. Ela será reavaliada no retorno ao País para definir o diagnóstico.

Eduardo Bettoni (até 90kg) também ficou entre os oito melhores de sua categoria. Em luta dura contra o campeão mundial Dong-Kim Gwak na repescagem, o brasileiro levou desvantagem nas punições e terminou a competição em sétimo lugar. Luciano Corrêa (até 100kg) caiu na segunda rodada, enquanto que Rafael Silva (mais de 100kg) e Maria Suelen Altheman (mais de 78kg) perderam na estreia.

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