Foi um jogo intenso. Atlético e Bahia jogaram com objetivos distintos no último sábado e protagonizaram um jogo cheio de alternativas, jogadas polêmicas e duas certezas. Primeiro que o Atlético mostrou que os dois jogos sem vitória na Arena da Baixada (derrota para o Sport e empate com o Santos), foram realmente tropeços. A equipe se mostrou novamente organizada, mesmo atuando com 4 desfalques (se considerarmos que a contusão de Gustavo logo no início do jogo também foi um desfalque, além de Sueliton, Devid e Cléo).
Segundo que o desespero do Bahia fez com que o time jogasse como nunca, mas perdesse como sempre. O 2×1 para o Furacão praticamente rebaixou os baianos para a Série B.
Para o técnico Claudinei Oliveira o fato de ter sido um jogo “aberto” forçou o Rubro-Negro a ter que se organizar e administrar o jogo a seu favor. “Hoje (sábado) enfrentamos um adversário que buscou o resultado e soubemos nos portar bem. Criamos chances. Foi um baita de um jogo para se assistir, com os dois times criando chances de gol. A gente viu alguns jogos do Bahia e eles adiantavam um pouco mais a marcação. Hoje conseguimos ter posse de bola com uma certa tranquilidade em alguns momentos, mas proposta deles era a de vencer o jogo. Nós suportamos bem, fizemos dois gols, poderíamos ter feito mais, e acho que o resultado foi justo”, afirmou Claudinei. De fato o Furacão teve o domínio da partida, deu campo ao Bahia que usou-o como conseguiu.
Depois de abrir o marcador num gol contra de Fahel (comemorado por Willian Rocha, que substituiu a Gustavo ainda no começo do jogo, como se fosse dele) o Atlético deu ainda mais campo de jogo ao Bahia. Foi ameaçado diversas vezes e Weverton fez novamente defesas importantes em seu no 135º jogo pelo Rubro-Negro. O Bahia reclamou de dois pênaltis não marcados (um deles com bastante razão) e de um impedimento marcado equivocadamente. Bady ampliou aos 2 da segunda etapa num golaço de fora da área. Rapidamente o Bahia conseguiu diminuir num gol de Henrique, que substituiu a Kieza, após cruzamento de Willian Barbio.
Ao Furacão restou segurar o ímpeto do Bahia. Os anfitriões já entraram em campo sabendo que a missão de escapar do rebaixamento era extremamente difícil. O torcedor seguiu na base do “Eu acredito”, mas o futebol é cruel. Se o Atlético perdeu chances (Marcos Guilherme que o diga), o Bahia de Fahel também. O destino do Bahia é um só. O Atlético segue na flauta até o final do Brasileirão.